Na nota enviada na manhã desta sexta-feira às redações, incluem-se 11 medidas sugeridas. Entre elas estão o reforço do teletrabalho, a operacionalização da proximidade no acesso aos medicamentos, a testagem regular dos profissionais de saúde e cuidadores de lares e a divulgação dos mapas de risco regionais “no sentido de envolver e motivar os cidadãos”, pode ler-se.
A nota defende também a criação de uma força de trabalho nacional e regional dedicada à gestão das camas de internamento, dos cuidados intensivos e das transferências de doentes.
Para além destas medidas, o Bastonário da Ordem dos Médicos e o Gabinete de Crise reclamam uma “aposta numa comunicação clara, concisa e eficaz, realizada também por quem está mais próximo de setores sociais distintos e diferentes gerações, para motivar os cidadãos a cumprirem as normas definidas pela DGS, tal como a utilização generalizada de máscaras, o distanciamento social/físico e as medidas de higiene preconizadas” e a “criação de um plano para refutar as falsas informações habitualmente associada a alguns movimentos inorgânicos”.
Os órgãos em questão queixam-se ainda da falta de medidas objetivas para festas como casamentos e batizados, onde “a utilização de máscara não é possível manter de forma regular”.
O ponto cinco reivindica ainda uma melhor proteção dos lares, quer pelo envolvimento das famílias, quer pela contratação de uma equipa médica e pela melhoria gradual das infraestruturas que permitam manter o distanciamento.
Algumas das restantes medidas difundidas no documento pedem ainda a implementação de hospitais dedicados à Covid-19 e a libertação de outros para assuntos não relacionados com a Covid-19. Na mesma linha segue a recomendação para “libertação dos médicos de família e respetivas equipas das múltiplas tarefas Covid, para manter aberta, aos nossos doentes habituais, a principal porta de entrada no SNS, o que pode passar pela criação de uma linha de saúde específica para o Trace-Covid, com equipas médicas próprias para seguirem e tratarem à distância os doentes em ambulatório e estarem disponíveis para receber os seus contactos”.
PR/João Marques
0 Comments