A justiça britânica decidiu não extraditar o fundador do Wikileaks para os EUA onde é acusado de vários crimes passíveis de uma pena de até 175 anos de prisão por temer que este se suicide numa prisão norte-americana. Julian Assange, que se encontrava em prisão preventiva numa cadeia de alta-segurança em Londres, após ter abandonado a embaixada do peru na capital britânica, onde procurara asilo por temer ser preso por violar as condições da liberdade condicional impostas pela justiça britânica, é reclamado pelos Estados Unidos da América por ter alegadamente divulgado centenas de milhares de documentos confidenciais colocando em perigo, alega a justiça dos EUA, fontes dos serviços norte-americanos, o que Assange contesta.
De acordo com informação divulgada pelo Observador, O relator das Nações sobre temas relacionados com tortura, Niels Melzer, enviou na terça-feira passada uma carta aberta ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,pedindo-lhe para perdoar o fundador do Wikileaks e defendendo que Julian Assange não é um “inimigo do povo norte-americano”.
Segundo o relator da ONU, Julian Assange não pirateou nem roubou nenhuma das informações que publicou, tendo-as obtido “de fontes e documentos genuínos, da mesma forma que qualquer outro jornalista de investigação sério e independente” faria.
“Os direitos humanos e os aspetos humanitários de uma possível extradição não devem ser negligenciados”, escreveu o comissário alemão para os Direitos Humanos e Ajuda Humanitária, Bärbel Kofler, num comunicado divulgado na quarta-feira passada, sublinhando que o Reino Unido está “vinculado pela Convenção Europeia dos Direitos Humanos”.
NR/HN/Reuters/Observador
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