A empresa TTW é criadora do simulador de pacientes virtuais Body Interact, desenvolvido para 18 áreas terapêuticas diferentes, com mais de cem mil utilizadores em todo o mundo.
Através de casos clínicos com pacientes virtuais, atuais e futuros profissionais de saúde podem treinar a tomada de decisões num ambiente seguro e interativo mas, até agora, o simulador não abrangia a área da fisioterapia.
Foi neste âmbito que a Universidade Europeia de Madrid desenvolveu para a empresa TTW o primeiro cenário clínico: Mark Jacobs, de 35 anos, contrabaixista numa orquestra, que se queixa de dores persistentes e foi encaminhado para consulta de fisioterapia para uma revisão e elaboração de um plano de tratamento.
“A aprendizagem experimental é a base do nosso modelo académico. A simulação, como metodologia de aprendizagem, é integrada na licenciatura de Fisioterapia desde o primeiro ano”, explica a fisioterapeuta e diretora académica da Universidade Europeia de Madrid Beatriz Martinez.
A fisioterapeuta acrescenta que, “graças aos casos clínicos, os estudantes formam-se em ambientes seguros, muito semelhantes ao mundo real, e desenvolvem as competências que vão necessitar como profissionais de saúde”.
De acordo com um estudo de impacto realizado em 11 instituições de ensino que introduziram esta plataforma nos seus processos de aprendizagem, 88% dos estudantes acredita que o Body Interact aumenta a sua confiança na reflexão crítica e 91% destaca ainda que reforça o processo de aprendizagem no contexto da sala de aula.
A chefe de simulação na área da fisioterapia, Ana Ramirez, considera que, “com a integração do Body Interact no campo da fisioterapia, os estudantes vão ser capazes de desenvolver o seu raciocínio clínico de acordo com os objetivos de aprendizagem esperados em cada caso clínico”.
“Sem dúvida, este tipo de ambientes de simulação virtual ajuda o estudante a ganhar confiança e segurança para enfrentar o paciente real”, sublinha a docente.
O diretor executivo da TTW, Pedro Pinto, contou que a empresa está “sempre à procura de áreas onde os pacientes virtuais representam uma vantagem para o ensino”.
Desafiada pela Universidade Europeia, a sua “missão de reduzir o erro clínico é agora alcançada com a ajuda dos fisioterapeutas”, acrescenta.
O primeiro caso da área da fisioterapia foi liderado por Pablo César García-Sánchez, membro da equipa docente da licenciatura de Fisioterapia da Universidade Europeia de Madrid, doutorado em Neurociências e especializado em Raciocínio Clínico, Inovação e Tecnologia Educacional.
“Há uma necessidade urgente das profissões na área da saúde se reinicializarem, em todo o espetro da educação e da formação, para permanecerem no centro da saúde do século XXI”, defende Pablo César García-Sánchez.
Lusa/HN
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