A app foi desenvolvida no âmbito do projeto eBEfree, que tem como grande objetivo fornecer ferramentas e estratégias de regulação emocional que permitam às pessoas com obesidade ou excesso de peso eliminar ou reduzir significativamente os episódios de ingestão alimentar compulsiva, e aumentar a sua saúde mental e qualidade de vida.
No atual contexto da pandemia Covid-19, “especialmente com o confinamento geral no nosso país, vários estudos sugerem que o isolamento vem acompanhado de uma redução na saúde mental das pessoas. Neste sentido, o projeto eBEfree, nomeadamente pelo seu formato digital, pretende ser um contributo especialmente apropriado à situação atual”, explica a equipa do projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
A app eBEfree é constituída por 12 módulos, disponibilizado um por semana, que abordam diversas perspetivas do problema. “Os conteúdos para o tratamento da ingestão alimentar compulsiva, como estratégias de regulação emocional através de exercícios comportamentais e de meditação, foram desenvolvidos com recurso a vídeos de animação explicativos, exercícios áudio e vídeos de psicólogos/as da nossa equipa a abordar os temas relevantes”, detalha José Pinto Gouveia, acrescentando que a aplicação inclui também um fórum de discussão, “onde os utilizadores podem colocar questões aos terapeutas (haverá sempre um terapeuta a acompanhar o funcionamento da app)”.
Para testar e validar a eficácia da aplicação, a equipa está a solicitar a colaboração de pessoas de todo o país, com idades compreendidas entre os 18 e 55 anos, com excesso de peso e ingestão alimentar compulsiva, e que possuam um smartphone ou tablet com acesso à internet. Os voluntários que pretendam participar no estudo devem contactar a equipa de investigação através do endereço eletrónico: ebefree@uc.pt.
A participação no estudo envolverá uma entrevista inicial, via zoom, para avaliar os critérios de elegibilidade, o preenchimento de uma bateria de questionários online e a utilização da aplicação móvel.
O eBEfree resulta de um estudo anterior cujos resultados evidenciaram que “estas ferramentas de regulação emocional e promoção de saúde mental são eficazes quando implementadas presencialmente em formato grupal. O que pretendemos com o eBEfree é alargar esse estudo para chegar a todo o território nacional, com todas as vantagens de uma aplicação móvel”, conclui José Pinto Gouveia.
Mais informação sobre o projeto está disponível Aqui.
PR/HN
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