Estava a pensar na hipótese de o Cristiano Ronaldo poder ocupar o lugar de Director do Teatro Nacional de São Carlos, muito pela beleza artística do seu futebol.
Lembrei-me depois do Toy poder ser presidente do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Pescas, a Teresa Guilherme ir para o lugar do Fernando Santos como seleccionador nacional, colocar o Ricardo Araújo Pereira como director do Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica e o Pedro Abrunhosa como presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Meditei muito sobre colocar a Daniela Ruah na direcção do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o Manuel Luis Goucha como director do Instituto Nacional de Estatística e a Cristina Ferreira na frente do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.
O Instituto Tecnológico e Nuclear passaria a ser dirigido pelo Rui Unas, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos presidido pelo Vasco Palmeirim, deixando o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Pescas ser presidido por Nuno Markl.
Ora fazendo contas, tenho nestas sugestões, onze excelentes, senão os melhores profissionais nas suas áreas de intervenção; deste onze, apenas tenho três mulheres.
Acreditem que não é discriminação de género, pelo que vou já resolver isso, atribuindo à Joana Vasconcelos a presidência da Academia das Ciências de Lisboa, a direcção do Instituto da Água à Júlia Pinheiro e à Ana Garcia Martins a presidência da Academia Portuguesa de História; a Sara Sampaio ficará a presidir a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e a Filomena Cautela a presidir à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Porquê atribuir estes profissionais a estas instituições? Por razão alguma, apenas porque são dos melhores, provando o seu profissionalismo e conhecimento nas áreas da sua expertise.
Quando ouvi as autoridades políticas portuguesas descartarem a vacina da AstraZeneca, sem explicação alguma, considerando que os cidadãos portugueses são burros para não perceberam por exemplo, o que as autoridades alemãs explicaram, fica-me a dúvida sobre a competência de quem decide estas coisas da ciência.
Ouvir depois alguém que de ciência sabe, vir dizer a plenos pulmões, que a ciência diz que é seguro administrar a vacina gera confusão e desconfiança. Então quem decide sobre ciência não os profissionais da ciência?
No dia 18 de Março, a EMA, Agência Europeia do Medicamento diz que vacina da AstraZeneca é “segura e eficaz”. O presidente do Infarmed diz, a 18 de Março que “os benefícios da vacina são claramente superiores a quaisquer riscos”. A 15 de Março, três dias antes, em conferência de imprensa, informa sobre a suspensão da administração da vacina da AstraZeneca em Portugal, “tendo por base a aplicação do princípio da precaução (não será de preocupação política) e saúde pública. Três pequenos dias que mudam o princípio e até as razões de saúde pública?
Como cidadão que não percebe nada de política nem de saúde, fico confuso. O que mudou em três dias?
O que é que se passa em Portugal com os políticos? Porque é que eles querem mandar na ciência?
Então uma decisão política é comunicada por um cientista, quando temos visto as decisões científicas a ser comunicadas por políticos?
A Ministra da Saúde e o 1º Ministro, que comunicam e aparecem na televisão, em cada braço que é picado com qualquer vacina, agora não aparecem a comunicar a decisão política de suspender a vacina, nem dão a cara três dias depois?
Diz-me tu sapateiro, porque tocas rabecão ou decides sobre vacinas?
Estava a pensar colocar o Herman José a presidir à Comissão Nacional Permanente dos Congressos da Estrada…
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