As autoridades timorenses registaram hoje 29 casos de infeções com SARS COV 2, incluindo o segundo óbito desde o início da pandemia, com o número de casos ativos a permanecer igual, dado o mesmo número de pacientes recuperados.
Em comunicado, o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) disse que nas últimas 24 horas foram registados 15 casos em Díli, um deles o óbito, 11 casos em Cova Lima, dois em Manatuto, e um em Bobonaro.
Segundo o comunicado, nas últimas 24 horas houve 29 pacientes que recuperaram, pelo que o número de casos ativos é agora de 544.
A maioria dos casos positivos estão assintomáticos, havendo seis com sintomas de covid-19.
Os casos registados hoje fizeram aumentar para 837 o número de casos detetados em Díli desde 07 de março, no dia em que se resolveu o impasse em torno do funeral de um homem que morreu infetado com covid-19.
A família do homem de 46 anos contestava que este fosse enterrado num cemitério preparado para vítimas da covid-19, em Metinaro, arredores de Díli, reclamando que o homem tinha morrido de outras causas e não de covid-19.
O líder histórico timorense Xanana Gusmão associou-se ao protesto da família e manteve-se mais de oito horas à porta do centro de isolamento Vera Cruz, na capital timorense, onde o paciente faleceu.
Uma solução de compromisso terá sido encontrada depois de uma nova negociação neste local entre Xanana Gusmão e um dos responsáveis da Sala de Situação do CIGC, o comodoro Pedro Klamar Fuik, o segundo elemento do centro a deslocar-se ao local.
Esta solução de compromisso, segundo explicaram à Lusa fontes do CIGC, passa por permitir que o funeral se realize no cemitério onde queria a família, mas respeitando um conjunto de regras e procedimentos sanitários.
Na sequência da polémica, o primeiro-ministro de Timor-Leste encorajou hoje os médicos “a continuarem a trabalhar, a não ficarem tristes e nem perderem a esperança porque o Governo e o Estado” estão ao lado dos profissionais de saúde.
Em comunicado, Taur Matan Ruak referiu que “esta situação está a criar sentimentos negativos de algumas pessoas contra os profissionais de saúde, sendo que algumas pessoas apedrejaram ambulâncias e não têm confiança nos médicos”, acrescentando que “esta atitude não ajuda a combater a doença” no país.
NR/HN/LUSA
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