A experiência do Imperial College Healthcare de Londres enquanto cliente da Xerox marcou o primeiro de uma série de webinars que a empresa está a preparar para dar a conhecer os seus serviços, que, segundo o Sales Director da Xerox Portugal, João Fino, são “inovadores e seguramente de manifesta oportunidade em Portugal”.
Essa afirmação, proferida na primeira parte do webinar, foi sustentada por Miguel Nunes, Global Offer Manager – Health/Pharma da Xerox, e Linda Watts, Clinical Systems Programme Manager do Imperial College Hospitals, quando a conversa se aproximava do fim.
Segunda Linda Watts, o projeto da Xerox pode “definitivamente” ser replicado em mais hospitais do Serviço Nacional de Saúde, e a realidade inglesa é prova disso, pois alguns hospitais do Reino Unido decidiram avançar com a transição para o digital nos moldes em que o Imperial College se arriscou em 2011.
Miguel Nunes acrescentou que “há muitas hipóteses de replicar” e que a Xerox já o provou: “Temos hospitais que não estão no nível que o Imperial estava de maturidade digital e que apanhámos muito mais cedo neste caminho”.
No Imperial College, essa transformação foi “muito difícil ao início”, recordou Linda Watts, apontando a comunicação interna e os recursos financeiros como os principais desafios. Nos últimos três anos, o investimento foi de cerca de 30 milhões de libras.
Os médicos “preferiam trabalhar com a caneta e um pedaço de papel”, disse Linda Watts, por isso foi preciso convencê-los com bons resultados na prática, o que não tardou muito, uma vez que os benefícios foram evidentes na primeira especialidade que iniciou a mudança.
Durante a sua apresentação, a representante do Imperial College de Londres avançou números que permitem avaliar o impacto da mudança para o digital: nos últimos quatro anos, pouparam 9.75 milhões de libras; reduziram o staff, passando de 113 pessoas em janeiro de 2017 para 54 em novembro de 2020 e contando ter 24 no verão e 15 em 2022; libertaram 1680 metros quadrados; e reduziram o orçamento, que passou de 3.8 milhões de libras em 2016/2017 para 2 milhões em 2020/2021, sendo que calculam estar abaixo de um milhão de libras no final de 2022.
“Mover as organizações de um sistema baseado em papel para um sistema eletrónico foi uma enorme tarefa”, continuou Watts, que explicou ainda que o Global Digital Exemplar passa pelo investimento em tecnologia e em pessoas e que o Imperial College já tem um registo eletrónico abrangente do doente, usado em toda a organização.
Agora, o trabalho continua noutro âmbito, com o Outpatient Transformation Programme, nos próximos três anos.
O programa definido pela Xerox para o Imperial College foi explicado por Linda Watts no webinar, onde também interveio a Responsável de Marketing e Comunicação da Xerox Portugal, Sandra Andrade.
Depois de falar sobre Business Drivers, Service Line e Programmes, Watts destacou a app para marcar a vacina contra a Covid-19, trabalhada com a Xerox; uma aplicação feita a pensar nos profissionais de saúde, para “manter a [sua] segurança”, que surgiu depois da preocupação de conseguir marcar os testes de uma forma mais fácil e dinâmica.
Para finalizar a sua intervenção, durante o Q&A que ocupou a última parte do webinar, Linda Watts revelou que teria facilitado o processo terem pensado logo naquilo que queriam atingir (endpoint): o HIMMS 7, ou seja, a maturidade digital total. “[Teríamos] talvez feito algumas coisas numa ordem diferente”, concluiu.
Ficou o conselho para quem ainda for a tempo de o seguir.
HN/Rita Antunes
0 Comments