Segundo explicou à Lusa o presidente do conselho de administração do CHEDV, o aparelho tornou-se necessário nessa unidade do distrito de Aveiro quando, no final de 2020, o serviço de cardiologia ganhou uma nova dinâmica, mas, dadas as condicionantes financeiras relacionadas com a pandemia de Covid-19, previa-se demorada a aquisição do referido equipamento.

“No espaço de um ano, passámos de seis para 10 cardiologistas e era preciso termos meios de diagnóstico para acompanhar esse crescimento. Em diálogo com a Câmara, ela disponibilizou-se imediatamente para suportar essa aquisição e agora estamos em condições de realizar muito mais rapidamente os eletrocardiogramas para despiste da doença coronária e outros exames de diagnóstico”, declarou Miguel Paiva.

O aparelho custou 33.000 euros e, desses, a Câmara de Oliveira de Azeméis custeou 20.000, o que o presidente da autarquia considera justificado para garantir à população maior proximidade aos cuidados de saúde hospitalares e evitar aos utentes locais deslocações de 20 a 30 quilómetros até Santa Maria da Feira – onde o CHEDV tem sede, no Hospital São Sebastião.

“O investimento na saúde pública não tem preço e, sempre que possível, estaremos a par com as instituições, de forma a contribuir para a melhoria da saúde dos oliveirenses e utentes do Hospital São Miguel”, diz Joaquim Jorge Ferreira.

Antecipando que parte das competências do Estado ao nível da saúde serão, a curto prazo, transferidas para os municípios, o autarca recorda que a Câmara já vem assumindo esse papel.

“Foi assim com a cadeira-dentista, com a compra de ventiladores, a compra de viaturas elétricas, a ambulância de Suporte Imediato de Vida, a instalação dos hospitais de campanha, o centro de vacinação e, agora, também com o Ecógrafo”, disse.

O novo equipamento será utilizado também pelo serviço de reumatologia do Hospital de Oliveira de Azeméis, sobretudo para realização de ecografias músculo-esqueléticas e outros exames para deteção de problemas articulares.

“Com isso vamos poder melhorar bastante as listas de espera para consulta nestas áreas. No serviço de cardiologia a lista já era praticamente inexistente, mas no de reumatologia havia margem para melhorar e, com este ecógrafo, o ritmo vai acelerar bastante”, concluiu Miguel Paiva.

LUSA/HN