Ema Paulino, que foi membro da direção da ANF entre 2003 e 2012, lidera uma lista que apresenta como prioridade centrar a ação em cada uma das farmácias, valorizando o seu papel na rede de cuidados de saúde, através da contratualização de serviços com o Governo, assim como da “transformação digital” para aumentar a eficiência e acrescentar mais valor.
Preocupada com uma “situação financeira sem precedentes” da ANF, com “uma dívida líquida na ordem dos 440 milhões de euros”, a candidata destaca a importância de um “reequilíbrio de contas” e a intenção de realizar uma auditoria, “para perceber onde é que estão os problemas em cada uma das empresas” detidas ou participadas pela ANF.
O vice-presidente do demissionário Paulo Cleto Duarte e agora candidato Nuno Vasco Lopes, que apresenta uma lista com 50% de novos rostos, defende o alargamento das margens de lucro nos medicamentos, “em média de 17,6%, uma das mais baixas da Europa”, e preconiza um “plano de coesão territorial” para ajudar os estabelecimentos em locais mais remotos a reduzirem os seus “custos de contexto”.
O candidato quer ainda a “incorporação de novas fontes de receita” nas farmácias, por exemplo através da prestação de novos serviços, a pensar na “sustentabilidade operacional e na sua viabilidade económica, para que continuem a fazer o seu trabalho de proximidade”, assim como “acelerar a incorporação de inovação tecnológica na atividade”.
Da lista de Ema Paulino faz parte João Cordeiro, candidato à Assembleia-Geral e que assumiu a presidência da ANF durante vários mandatos.
Paulo Cleto Duarte demitiu-se da direção da ANF depois de João Cordeiro ter feito críticas públicas à sua gestão.
As eleições na ANF que conta com mais de 2.700 associados decorrem hoje, mas a votação já teve início, por correspondência e através do voto eletrónico.
LUSA/HN
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