Questionado pela agência Lusa no âmbito dos aglomerados de milhares de adeptos ingleses, sem máscara e sem distanciamento, na baixa da cidade do Porto, no sábado, e de como é que se poderiam evitar situações semelhantes no futuro, designadamente na festa popular do São João, que acontece na noite de 23 para 24 de junho, o presidente da TPNP admitiu que se poderiam ter criado “eventualmente mais ‘fan zones’”.
“Eu diria que eventualmente criar mais ‘fan zones’, mas aquilo que prevaleceu na cidade – e estamos a falar de cerca de 15 mil turistas ou adeptos – não foram as imagens que se passaram na Ribeira [do Porto], que também, como alguém dizia, tinha a pequena vantagem de ser entre eles [ingleses]. E é verdade, a confusão que se gerou foi entre eles”, disse.
À margem da cerimónia de apresentação da nova campanha promocional da TPNP para o próximo verão, que decorreu esta manhã em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, Luís Pedro Martins realçou, todavia, que os números da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam que em “cinco mil testes feitos a adeptos apenas houve registo de “dois testes positivos” à Covid-19, sendo um facto “animador”.
“Dois testes num universo de cinco mil é de facto animador”, considerou, lembrando que os ingleses são uma população “já altamente vacinada” e que para viajar para o território português todos tinham que vir com teste negativo à Covid-19.
Luís Pedro Martins também destacou que o número de detidos foi “muito reduzido”, em comparação com outros “eventos semelhantes”.
No breve balanço que fez da final da Liga dos Campeões no Porto, Luís Pedro Martins valorizou a “grande oportunidade” para a economia local, que conseguiu ter uma “pequena bolha de oxigénio” e uma “pequena melhoria à sua tesouraria que estava em agonia há mais de um ano”, e destacou a promoção internacional do Porto, que recebeu cerca de “500 jornalistas estrangeiros” que, além da cobertura do jogo, também andaram a “percorrer e a filmar a cidade”.
“O que prevaleceu, em mais de 12 mil adeptos, não foi o que aconteceu na Ribeira, em cerca de 200 ou 300 adeptos que fizeram, de certa forma, aquilo que fazem sempre”, argumentou Luís Pedro Martins, referindo-se a imagens de desacatos com a polícia.
Para Luís Pedro Martins, o que prevaleceu como promoção da cidade foram “imagens de uma cidade animada”, em que não houve registos de confrontos nem na Foz, nem nas Antas, nem no comércio, restauração, hotelaria ou centros comerciais.
A final da Liga dos Campeões, entre Manchester City e Chelsea, decorreu no Estádio do Dragão, no sábado, num jogo com a presença de adeptos ingleses.
LUSA/HN
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