A Novartis, a Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA), a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR) e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) lançaram a campanha “Controlar o Monstro”, que recorre a uma metáfora para ilustrar o impacto dos sintomas nos doentes, alertando para os sinais a que se deve estar atento.
Este alerta é ilustrado através de vídeos que representam o impacto do “Monstro” (ou dos sintomas) no dia a dia destas pessoas, seja na sua vida familiar, em situações como o teletrabalho ou em lazer.
O sinal de alerta mais comum é a dor nas costas há três ou mais meses consecutivos, de ritmo inflamatório, ou seja, uma dor que teve um início lento e que melhora com o exercício, mas agrava ou não melhora em repouso, podendo, por vezes, levar a despertares noturnos na segunda metade da noite. Este é um sinal que surge normalmente antes dos 45 anos de idade. Entre outros sintomas, os doentes com espondilartrite axial podem também experienciar uma rigidez na coluna quando acordam, o que limita os seus movimentos durante 30 ou mais minutos.
“Controlar o Monstro” apela também à procura de aconselhamento, diagnóstico e cuidado médico junto da especialidade médica indicada para o diagnóstico da patologia – a reumatologia.
Para aprofundar a partilha de informação relevante sobre a patologia, a campanha incide ainda na criação de uma comunidade de Instagram – @Conheceromonstro -, na qual passa a estar disponível, com atualizações regulares, mais e nova informação sobre a campanha e a doença, assim como recomendações úteis para uma boa gestão da patologia.
“O confinamento associado à pandemia representou para muitas pessoas menor atividade física, maior sedentarismo e adoção de más posturas. Temos observado com maior frequência dores articulares e musculares de carácter mecânico. Porém, é necessário estar alerta para os sintomas e sinais de doenças reumáticas inflamatórias que podem ocorrer em qualquer idade e se não diagnosticadas, podem tornar-se crónicas e incapacitantes”, disse Helena Canhão, presidente da SPR, citada em comunicado.
Segundo José Gomes da Silva, presidente da ANEA, esta campanha “é deveras importante para alertar a comunidade da existência desta situação. Controlar os sintomas que ‘atacam’ e que tanto afetam o dia a dia destes doentes é o grande problema que tem de ser dominado. Este é um monstro que tem várias ‘manias’ e gosta que se sinta a sua presença e é por isso que é tão importante aprender a Controlar o Monstro”.
Elsa Mateus, presidente da LPCDR, afirmou: “com esta campanha, esperamos que seja possível diagnosticar a Espondilartrite Axial mais rapidamente, já que entre os primeiros sintomas e o diagnóstico decorrem, em média, cerca de 7 anos. Uma intervenção atempada e adequada ajudará a diminuir o enorme impacto desta doença e a melhorar a qualidade de vida das pessoas por ela afetadas”.
PR/HN/Rita Antunes
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