O Festival em Sines foi cancelado, devido à pandemia de covid-19, mas o Ciclo Mundos, que vai na sua 6.ª edição, acontece a partir de setembro e a até março do próximo ano, no Trindade e “pretende gerar sinergias e oferecer ao público uma proposta musical intercultural, intergeracional e universalista”, segundo comunicado enviado à agência Lusa.
O cartaz deste ano abre no dia 28 de setembro com a banda Huun-Huur-Tu, da república russa de Tuva, “pioneira na divulgação do canto diafónico khöömei e exímios músicos no canto gutural e nos instrumentos tradicionais”, segundo nota da organização.
Segue-se, no dia 26 de outubro, “duas referências incontornáveis da morna”: Jon Luz e Maria Alice.
Jon Luz, natural da ilha cabo-verdiana de S. Vicente, é músico de cordas tradicionais e compositor, que já trabalhou com Maria Alice, mas também com Amélia Bentes, Felix Lozano, Marta Silva, Cesária Évora, Nancy Vieira, Rosa Mestre, Uxía e António Zambujo. Em 2015 dirigiu o projeto “Serenata no Intendente”, em Lisboa.
Maria Alice nasceu também em Cabo Verde, na ilha do Sal, e tornou-se conhecida do meio musical em meados da década de 1980, quando participou, em Lisboa, em vários espetáculos. Discograficamente estreou-se em 1994 com o álbum “Ilha d’Sal”.
O coletivo inglês Steam Down sobe ao palco do Trindade no dia 30 de novembro. Trata-se de um coletivo de artistas fundado em 2017 em Deptford, sudeste de Londres, pelo multi-instrumentista, produtor e compositor Ahnansé.
No dia 26 de fevereiro de 2022, o ciclo prossegue com o projeto franco-venezuelano La Chica, “que propõe uma colagem de texturas sonoras, ligadas à sua herança tradicional e influências modernas”, e encerra no dia 29 de março com os portugueses Lavoisier.
Em 2019 assistiram a este ciclo 3.843 espectadores, e o ano passado, devido à pandemia de covid-19, realizaram-se apenas dois concertos, aos quais assistiram 286 espectadores, segundo dados da Fundação Inatel.
NR/HN/LUSA
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