De acordo com a decisão do tribunal arbitral a que a Lusa teve acesso, foram decretados serviços mínimos para “todos os voos que no momento do início dos períodos das greves já se encontravam em curso de acordo com o planeamento inicial e que tinham como destino os aeroportos assistidos pela SPdH [Groundforce]”.
Os serviços mínimos contemplam ainda “todos os voos de regresso a Lisboa de aeronaves da TAP Portugal que efetuaram em ‘night-stop’ em escala europeia”.
Estão ainda abrangidos os voos de Estado ou voos militares.
Uma vez que aquelas duas primeiras situações se terão esgotado durante o sábado, o número de cancelamentos de voos com destino ou chegada prevista para aeroportos nacionais onde a empresa presta apoio em terra à aviação (‘handling’) durante o dia de hoje será mais elevado, tal como antecipava no sábado o presidente executivo (CEO) da ANA – Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonnière.
Num balanço feito à Lusa por fonte oficial da ANA, o segundo dia de greve levou já ao cancelamento de 301 voos de e para Lisboa, dos 511 previstos para o dia de hoje, e 26 de e para o Porto.
“Devido à greve do serviço de ‘handling’ [assistência em terra à aviação] da Groundforce, dos 511 voos previstos hoje para o aeroporto de Lisboa estão cancelados, até ao momento, 301 voos (160 chegadas e 141 partidas) e previstos serem operados 210 (102 chegadas e 108 partidas)”, referiu a mesma fonte oficial da empresa gestora de aeroportos.
A estes cancelamentos somam-se três partidas e três chegadas para o aeroporto de Faro e um número idêntico de partidas e de chegadas para os aeroportos do Funchal e de Porto Santo, num total de 18 voos.
Hoje cumpre-se o segundo dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias” que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.
A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto, o que levou a ANA a alertar para constrangimentos nos aeroportos nacionais, cancelamentos e atrasos nos voos assistidos pela Groundforce, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
LUSA/HN
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