A posição da APED surge depois de, na semana passada, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ter anunciado a apreensão de 450 litros de gelados na sequência dos alertas relativos à presença de goma de alfarroba contaminada com um pesticida cancerígeno nalguns géneros alimentícios.
Em comunicado, a APED lamenta a situação “pelos constrangimentos e alerta gerado junto dos consumidores” e na própria cadeia de abastecimento e diz que tal se deveu à “disponibilização tardia e de informação não detalhada da origem e da lista de produtos e lotes retirados” no ‘site’ da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Na semana passada, a DGAV emitiu um alerta para a possibilidade de existência no mercado nacional de alguns géneros alimentícios com goma de alfarroba contaminada, informando mais tarde que já tinham sido retirados do mercado gelados e queijos para barrar produzidos com lotes contaminados.
Na altura, em declarações à agência Lusa, a diretora de Serviços de Nutrição e Alimentação da DGAV, Ana Paula Bico, explicou que os lotes de goma de alfarroba contaminada estavam todos identificados, que os operadores estavam “a colaborar ativamente” e que as autoridades competentes estavam a verificar o cumprimento das medidas de retirada e recolha impostas.
Num comunicado hoje divulgado, a APED, que num universo de 170 associados representa mais de 60 empresas do retalho alimentar, garante que os seus associados “estão comprometidos com as melhores práticas de segurança alimentar e trabalham em estreia ligação com as autoridades nesta matéria”.
Logo que a DGAV emitiu o alerta sobre géneros alimentares fabricados com lotes de goma de alfarroba (aditivo alimentar E410) contaminada com óxido de etileno “os operadores e os fornecedores retiraram de imediato os lotes em questão afetados, colocando avisos públicos”, sublinha a nota.
“A forma rápida e clara como os associados da APED reagiram ao alerta da DGAV é a maior prova de segurança e confiança que os portugueses poderiam obter de um setor que tem estado sempre ao lado dos consumidores, também em matéria de segurança alimentar”, acrescenta.
Para passar uma mensagem de confiança e de serenidade aos consumidores, a APED apela ainda à DGAV para que clarifique, “na forma de comunicado ao consumidor, que os produtos com o aditivo E410 ou mesmo de outros derivados da alfarroba, que se encontram em comercialização nos espaços comerciais, são seguros e que o problema foi circunscrito a um conjunto de lotes devidamente identificados e retirados do circuito de comercialização”.
LUSA/HN
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