A operação decorreu no terreno, com a recolha de dados totalmente em formato digital, de 16 de junho a 07 de julho, em alojamentos familiares e coletivos, hotéis, estabelecimentos turísticos, hospitais, estabelecimentos prisionais e quartéis, incluindo ainda pessoas sem-abrigo.
Cabo Verde já realizou quatro recenseamentos após a independência, em 1980, 1990, 2000 e 2010. No anterior realizado, em 2010, a população residente no arquipélago então contabilizada foi de 491.875 pessoas, além de 114.469 edifícios e 141.761 alojamentos.
Atualmente, as estimativas apontam para cerca de 550.000 habitantes em Cabo Verde.
O quinto Recenseamento Geral da População e Habitação deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiado para este ano, face à pandemia de covid-19.
Para realizar esta operação, o Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde lançou um concurso para recrutar 1.625 agentes recenseadores no arquipélago, mas a operação envolveu globalmente cerca de 2.000 trabalhadores.
“Os resultados preliminares serão apresentados um mês após a conclusão dos trabalhos de terreno e os definitivos até março de 2022. Pretende-se divulgar 40 publicações, sendo 24 volumes estatísticos, dados brutos, e 16 volumes de análise sobre temas variados, estudos temáticos”, disse anteriormente à Lusa o presidente do INE, Osvaldo Borges.
A realização da operação está estimada em cerca de 700 milhões de escudos (6,3 milhões de euros), financiados, além do Governo de Cabo Verde, pela Cooperação Luxemburguesa, União Europeia, Escritório Conjunto das Nações Unidas e a Cooperação Espanhola.
A cerimónia de apresentação dos dados preliminares deste recenseamento está agendada para as 10:00 locais (12:00 em Lisboa), e vai decorrer na cidade da Praia.
NR/HN/LUSA
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