Os resultados definitivos da sessão indicam que, ao fim de cinco sessões consecutivas a fixarem recordes, o seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,79%, para os 35.343,28 pontos, e o alargado S&P500 perdeu 0,71%, para as 4.448,08 unidades.
O tecnológico Nasdaq também acabou com perdas, ao desvalorizar 0,93%, para os 14.656,18 pontos.
Wall Street acabou o dia em baixa, sob o impacto de “fatores que parecem pesar sobre os ativos de risco”, notaram os analistas do Wells Fargo, enquanto o dólar, valor de refúgio, valorizou fortemente em relação a outras divisas.
Entre aqueles fatores, apontaram “a queda das vendas do comércio retalhista” nos EUA, mas também “as implicações geopolíticas da recente implosão do governo afegão e da continuação da repressão regulamentar na China”.
O índice das vendas retalhistas relativas a julho saiu pior do que previsto, ao recuar 1,1%, quando os analistas esperavam uma descida de 0,2%.
Para Ian Shepherdson, economista da Pantheon Macroeconomics, “a variante delta [do novo coronavírus] vai ter um impacto mais forte em agosto”, pelo que “terão de se baixar drasticamente as previsões de despesas de consumo para o terceiro trimestre”, apesar das medidas de estímulo.
Esta variante de covid-19, referiu, “começou a afetar os restaurantes e o transporte aéreo no final de julho”.
As despesas de consumo nos EUA representam três quartos do produto interno bruto e são a locomotiva do crescimento da primeira economia mundial.
Entre as boas notícias, a produção industrial norte-americana aumentou 0,9%, mais do que previsto em julho.
As empresas aéreas foram afetadas pela subida das restrições ligadas à propagação da variante delta, com a American Airlines e a United Airlines a recuarem mais de 2%.
No momento em que Pequim divulgou as grandes linhas da sua nova regulamentação do setor da tecnologia, os títulos dos grandes grupos chineses da internet cotados em Nova Iorque caíram fortemente, como Alibaba (-4,91%) e Tencent (-12,33%).
NR/HN/LUSA
0 Comments