Embora a implementação global do tratamento do VIH tenha salvo milhões de vidas, os esforços para prevenir novas infeções pelo VIH foram, infelizmente, menos bem sucedidos. O número anual de novas infeções por VIH nos adultos, em todo o mundo, quase não mudou nos últimos quatro anos, e o total de novas infeções diminuiu apenas 31% desde 2010, muito aquém da meta de 75% para 2020 estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2016.
Demasiados países não conseguiram implementar a combinação de abordagens estruturais, comportamentais e biomédicas para a prevenção do VIH, que se concentram nas pessoas de maior risco e que a experiência demonstra ter o maior impacto. O uso consistente do preservativo, embora possível, tem-se revelado difícil de conseguir entre todas as populações: em muitos países, por exemplo, as mulheres precisam de maior ação e apoio para negociar o uso consistente do preservativo. A cobertura da profilaxia pré-exposição e da circuncisão médica voluntária masculina em 2020 ficou também muito abaixo dos objetivos estabelecidos cinco anos antes.
As novas infeções por VIH baixaram mais na África subsariana e nas Caraíbas, mas nenhuma das duas regiões atingiu os 75% acordados pela Assembleia Geral da ONU em 2016. As epidemias em grande parte da Europa Oriental e Ásia Central expandiram-se como resultado de barreiras legais e políticas e de cuidados inadequados às necessidades das pessoas que injetam drogas, homens homossexuais e outros homens que têm relações sexuais com homens. O número anual de novas infeções pelo VIH também aumentou no Médio Oriente e Norte de África. Por outro lado, a América Latina não conseguiu reduzir as infeções durante a última década.
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