A situação na zona de La Palma afetada pela erupção que começou no domingo “é desoladora”, porque “um fluxo de lava com uma altura média de seis metros está literalmente a devorar casas, infraestruturas e culturas a caminho da costa do vale do Aridane”, explicou hoje o presidente da ilha, Mariano Hernández Zapata.
A autoridade máxima de La Palma confirmou que não há vítimas a lamentar, depois de mais de 5.000 pessoas terem sido retiradas da zona mais atingida da ilha.
Por seu lado, os meios de comunicação espanhóis avançam que cerca de 100 casas foram afetadas pela erupção na região da Cumbre Vieja.
O governo regional das Ilhas Canárias disse, através da rede social Twitter, que não estavam previstas novas evacuações nesta fase, uma vez que os fluxos de lava estão a dirigir-se “em direção ao mar”.
O Instituto de Vulcanologia das Canárias informou que a erupção inicial teve lugar no domingo pouco depois das 15:00 horas locais (a mesma hora de Lisboa), perto do extremo sul da ilha, que tinha sofrido a sua última erupção em 1971.
A Unidade de Emergência Militar (UME) tem 67 efetivos e 30 veículos destacados em La Palma, um contingente que irá aumentar ao longo da manhã de hoje para 180 pessoas e 57 veículos, esperando-se ainda que três hidroaviões cheguem no início da tarde.
A informação foi dada esta manhã pela ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, numa entrevista na televisão Antena 3, onde acrescentou que a possibilidade de enviar algum tipo de material e pessoal especializado em gases está a ser analisada.
Como medida preventiva, foram cancelados vários voos com origem ou destino em La Gomera (uma outra ilha do arquipélago, perto de La Palma) que a companhia de transportes aéreos Binter tinha previsto para hoje.
De acordo com os especialistas, citados pela comunicação social espanhola, a atual erupção vulcânica poderá durar semanas ou mesmo meses.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, deverá visitar hoje a área afetada, depois de ter cancelado a sua viagem a Nova Iorque para participar na Assembleia Geral da ONU.
LUSA/HN
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