Universidade da Beira Interior integra projeto de 1,2 ME na área da medicina genómica

29 de Setembro 2021

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, integra um projeto com financiamento de 1,2 milhões de euros, centrado na área da medicina genómica e que visa preparar unidades de investigação e saúde para os avanços nesse setor.

Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a UBI refere que está em causa o “Projeto de Capacitação da Região Centro para a Medicina Personalizada/de Precisão, de base genómica”, recentemente aprovado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

Este trabalho, acrescenta, pretende “preparar as unidades de investigação e as unidades de saúde para os novos desafios colocados pelos avanços científicos na área da genómica humana e a sua aplicação na melhoria da prestação dos cuidados de saúde”.

Envolvendo também as universidades de Aveiro e de Coimbra, o plano conta com a parceria de vários hospitais da região Centro.

“O projeto, a ser desenvolvido sob a forma de consórcio, prevê a capacitação técnica para a sequenciação genómica, a transferência de conhecimento para as unidades de saúde e tecido empresarial e ações de divulgação junto de profissionais de saúde e público em geral”, está detalhado.

Numa primeira fase, é referido, “cada universidade ficará responsável por desenvolver a medicina genómica orientada para uma doença em particular”, sendo que a UBI ficará responsável por desenvolver a medicina genómica na área da diabetes, podendo ser posteriormente alargada a outras doenças.

A UBI, através do UBImedical, ficará ainda responsável pelo apoio à criação e incubação de novas empresas nessa vertente.

Aquela universidade lembra que esta nova área da medicina tem vindo a ser designada como “Medicina Personalizada, Medicina de Precisão ou Medicina Genómica” e que refere a um modelo de prática médica que utiliza o conhecimento do perfil genético de cada pessoa para individualizar (ou personalizar) os cuidados médicos.

“Por exemplo, os dados genéticos de uma pessoa poderão ser utilizados para escolher o tratamento mais adequado para essa pessoa, gerando ganhos de eficácia e também económicos. Também é possível fazer o diagnóstico de várias doenças antes do aparecimento dos primeiros sintomas, ou determinar a predisposição genética para estas, e proporcionar medidas de prevenção atempadas”, especifica.

O projeto terá a duração de dois anos e um financiamento global de 1,2 milhões de euros, comparticipado pelo programa Centro 2020.

Na UBI, será coordenado pelo médico e investigador Manuel Lemos e conta com a participação de vários especialistas do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS-UBI), do UBImedical, do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais (NECE-UBI) e do Centro de Competências em Cloud Computing (C4-UBI).

LUSA/HN

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