O ponto de partida foi a Praça do Martim Moniz, onde pelas 18:00, centenas de pessoas, de várias idades e acompanhadas de bicicletas e trotinetes, se concentraram.
“Cortar emissões, não ciclovias, menos rodovia e mais ciclovia ou não ao trânsito e sim à ciclovia”, foram algumas das palavras de ordem proferidas pelos manifestantes”, durante um percurso pedonal e ciclável entre a praça do Martim Moniz e a Câmara Municipal de Lisboa.
Uma das participantes nesta ação foi Isabel Lopes, moradora em Lisboa, que, em declarações à agência Lusa, elogiou a ciclovia da Almirante Reis, considerando que trouxe “mais qualidade de vida à zona”.
“Esta ciclovia está espetacular, bem feita. As ambulâncias passam melhor porque as bicicletas se desviam melhor do que os carros. Lisboa está a perder qualidade de vida, com um tráfego intenso”, queixou-se.
No mesmo sentido, Catarina Lopes, também residente em Lisboa, justificou a sua presença na ação com a necessidade de “reivindicar uma cidade para as pessoas” e com uma “redistribuição igualitária das mobilidades”.
“Sempre vivi em Lisboa e o meu modo de transporte é a bicicleta. Esta ciclovia trouxe-me para o comércio desta zona. Está num eixo central que é utilizado por muita gente”, apontou.
No entanto, Catarina Lopes diz perceber as críticas feitas à ciclovia da Avenida Almirante Reis, considerando que se devem ao facto de ter aparecido “repentinamente”.
“Estas ciclovias surgiram num contexto de pandemia, em que se tornaram meios de transporte mais seguros. Nunca vamos conseguir satisfazer todas as necessidades”, atestou.
A ação de protesto terminou na Praça do Município, em frente à Câmara Municipal de Lisboa, onde se concentraram cerca de mil pessoas a exigir que a ciclovia da Almirante Reis não seja destruída e que a prioridade seja a construção de mais ciclovias.
“Esta questão entrou no debate político de forma inquinada. Aquilo que queremos é uma solução mais equilibrada e que seja possível toda a gente circular. O que nós estamos a pedir é um diálogo”, sublinhou Miguel Pinto, um dos organizadores do protesto.
A eliminação da ciclovia da Avenida Almirante Reis foi uma das medidas defendidas pelo recém-eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
LUSA/HN
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