Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, a Mutualista Covilhanense referiu que a nova valência será exclusivamente dedicada ao tratamento da fibromialgia e que resulta de uma parceria com o médico espanhol José Arranz Gil, especializado em tratar a doença.
Segundo a informação, além das consultas, esta unidade também pretende realizar uma investigação focada na Neuroestimulação Magnética Transcraniana de baixo campo em doentes de Fibromialgia, que tem como parceiros a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) e o Laboratório de Bioelectromagnetismo da Universidade Politécnica de Madrid.
O objetivo é “desenvolver um novo tratamento para a doença e depois aplicá-lo, caso se comprove a sua utilidade clínica”.
Citado na nota de imprensa, o presidente da Mutualista Covilhanense, Nelson Silva, sublinhou que “esta nova Unidade assume grande importância, não só porque vem possibilitar aos doentes com fibromialgia da região o acesso a consultas especializadas, com um médico especialista e experiente, como potenciar uma nova investigação”.
A informação detalhou que as consultas decorrem todas as terças-feiras da primeira quinzena de cada mês, sob marcação e que serão asseguradas pelo médico José Arranz Gil, que é doutorado pela Universidade de Alcalá e Henares (Madrid) com grau de excelência e professor associado convidado de Patologia Geral da Faculdade de Medicina da UBI.
As consultas estão abertas à população em geral, sendo que os associados da Mutualista Covilhanense beneficiam de descontos. O custo da primeira consulta é de 60 euros (associados) e de 70 euros (não associados), e as seguintes são no valor de 50 euros (associados) e de 55 euros (não associados).
Classificada pela Organização Mundial da Saúde apenas em 1990, a fibromialgia é uma doença crónica caracterizada por queixas neuromusculares dolorosas e difusas, mas também pela presença de pontos de dor em regiões específicas, fadiga extrema e perturbações do sono, entre outros sintomas. Ainda não são muito bem conhecidas as causas da doença. A gravidade dos sintomas torna a fibromialgia muito incapacitante, com impacto negativo na qualidade de vida das pessoas afetadas. Estima-se que esta doença atinja cerca de 2% a 8% da população adulta em todo o mundo, dependendo dos países, em que 80 a 90% são mulheres.
LUSA/HN
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