Durante a reunião pública de câmara, Fernando Ruas (PSD) salientou o empenho que quer a anterior presidência da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, quer a atual, tiveram para que o Centro Hospitalar Tondela Viseu possa avançar com uma candidatura a fundos do quadro comunitário em vigor que permita a construção do centro.
“Enquanto presidente da CIM, não admito que alguém venha usar esta prerrogativa da influência para dizer que é seu o mérito desta colocação”, disse Fernando Ruas.
Por isso, garantiu que, “se por acaso alguém com poder de decisão”, como a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) ou a ministra da tutela, falar na influência do deputado parlamentar e vereador socialista João Azevedo no processo, fará, “nesse momento, a renúncia” ao lugar para o qual foi eleito por unanimidade na CIM.
Na semana passada, Fernando Ruas anunciou que pediu à presidente da CCDR para não deixar arrastar esta obra para o próximo quadro comunitário de apoio, o que levou os deputados do PS a reagir em comunicado, dizendo: “tudo fizemos desde o primeiro minuto, e só nós, para que este projeto fosse uma realidade para Viseu e para toda a região”.
Na reunião de câmara de hoje, o vereador João Azevedo (que encabeçou a lista do PS nas últimas autárquicas), afirmou que “não vale a pena reescrever a história, a história está escrita e bem escrita”.
“Eu tive a possibilidade de a acompanhar desde o início, assumo, é o que é, vale o que vale. Durante semanas e meses referi aquilo que estava a ser feito e felizmente para Viseu e para os viseenses isso vai acontecer”, frisou.
Fernando Ruas referiu que não admitiria estar a presidir uma CIM à qual “fossem subtraídos os poderes por qualquer tentativa de influência, seja ela legítima ou não”.
“As instituições devem funcionar independentemente de quem está em cada momento a assegurar a gestão quer do país, quer da região e é essa a nossa postura”, disse o autarca social-democrata, lembrando que “o período da campanha passou”.
Ruas sublinhou que “foram os autarcas todos (da CIM) que se disponibilizaram e decidiram, de uma forma corajosa, que o principal investimento que devia ser colocado a fundos comunitários” era o Centro de Ambulatório e Radioterapia e “tem que se lhes dar o mérito”.
LUSA/HN
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