Casa Pia adapta livro “Eu vou ser” com pictogramas, relevos e braille, para ser lido por todos

2 de Dezembro 2021

 O livro “Eu vou ser”, de André Letria e José Jorge Letria, cresceu e tem agora pictogramas, desenhos em relevo, letras em braille e imagens grandes e coloridas para ser acessível a quem vê mal ou precisa de estímulos para “ler”.

Esta nova versão adaptada do livro infantil, publicado pela primeira vez no âmbito das comemorações do 30.º aniversário da Convenção sobre os Direitos das Crianças, em 2019, é uma iniciativa da Casa Pia de Lisboa, instituição que há décadas trabalha na educação e formação de pessoas com deficiência, com uma ênfase particular na deficiência sensorial.

O livro, cujos direitos de autor foram cedidos por André Letria e José Jorge Letria, que também prestaram o acompanhamento técnico do processo de adaptação do livro, inclui braille, escrita pictográfica e ilustrações em relevo, além de imagens de grande dimensão e especialmente coloridas.

Conforme indicou a Casa Pia de Lisboa, o objetivo é promover a inclusão de todos e o seu acesso a um livro especial como este, que começa com um desafio: “Imagina que tudo é possível e serás o que quiseres”.

Participou na elaboração deste livro uma equipa multidisciplinar que envolveu tradutores e maquinaria. Os desenhos e o texto em braille foram feitos nas oficinas da Casa Pia de Lisboa, onde existem duas das poucas máquinas que fazem esta tradução em Portugal.

Alguns alunos da instituição, com deficiências na área sensorial, foram acompanhando a elaboração do livro, demonstrando a forma como melhor o iam interpretando.

Na sexta-feira, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a Casa Pia de Lisboa vai apresentar o livro “Eu vou ser”, nesta versão adaptada, numa cerimónia que decorrerá na Biblioteca José Saramago, em Loures.

Para assinalar a efeméride, a instituição irá oferecer um exemplar às principais entidades que desenvolvem trabalho com a comunidade escolar, concretamente os Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) e os Centros de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação (CRTIC) da área metropolitana de Lisboa.

A Língua Gestual Portuguesa teve as suas origens na Casa Pia de Lisboa.

Dois dos Centros de Educação e Desenvolvimento (CED) da Rede Casa Pia de Lisboa – CED Jacob Rodrigues Pereira e CED António Aurélio da Costa Ferreira – desenvolvem um trabalho de relevo junto da comunidade surda e de pessoas com surdocegueira e graves problemas de comunicação.

A vasta história e experiência da instituição nestas áreas, bem como a existência de um de Centro de Investigação na Casa Pia de Lisboa têm permitido o desenvolvimento de projetos pioneiros, disponibilizando à comunidade o acesso a informação de forma acessível.

LUSA/HN

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