“Em 10 anos, através do ICNAS [Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde], mostrámos que poupámos mais de 50 milhões de euros ao país e somos hoje autossuficientes ao nível nacional da produção de radiofármacos. Depois do reconhecimento nacional e internacional, queremos não perder esse comboio e, para isso, temos de ter o ICNAS 2.0 e dar um passo em frente”, referiu.
Durante a cerimónia de inauguração de dois Tomógrafos PET e um Sistema de Informação, que decorreu ao final da manhã de hoje, o reitor apontou a necessidade de se fazer este investimento, que ronda os 40 milhões de euros, para se “conseguir subir um patamar”.
“As fundações da futura Faculdade de Medicina serão feitas em ‘bunker’, para o ICNAS”, revelou, explicando que com o ICNAS 2.0 passam a juntar a terapêutica ao diagnóstico, depois de nos últimos dez anos terem mostrado o que conseguiam fazer na área do diagnóstico.
Sobre os equipamentos hoje inaugurados, o diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa, explicou que um fica instalado no ICNAS e o outro no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, permitindo a partilha da rede de comunicação de dados.
“É um equipamento de imagem médica, baseada numa tecnologia chamada tomografia por emissão de pósitrons. Já existem 17 em Portugal, mas este é de uma geração muito recente, com capacidades de detetar uma lesão com pouco contraste ou que seja pequena em termos de espaço”, informou.
De acordo com Antero Abrunhosa, trata-se de “uma nova geração digital, que traz grandes vantagens ao nível da clínica e, sobretudo, ao nível da investigação”.
Já a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, sublinhou tratar-se de um “extraordinário investimento de 6,5 milhões de euros”, que teve o apoio de fundos europeus.
“Também já sinalizámos o investimento que, quer a universidade, quer o centro hospitalar, querem realizar, que é o ICNAS 2.0. Isso significará um equipamento novo no mundo, que para além da imagem permite fazer simultaneamente o tratamento daquilo que se vê, naquilo que há de mais inovador no mundo”, alegou.
No seu entender, tal “trará multinacionais, que depois estarão interessadas em desenvolver medicamentos ligados a este projeto, e fomentará a criação de novas empresas”.
“O que sinalizámos aqui hoje é mais um importante investimento deste extraordinário ecossistema de inovação que temos aqui na região de Coimbra”, concluiu.
LUSA/HN
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