Mudanças no estilo de vida melhoram hipertensão resistente

11 de Dezembro 2021

Os resultados de uma investigação publicada na revista “Circulation” sugerem que mudanças de estilo de vida supervisionadas, incluindo alterações na dieta, aconselhamento em grupo e um programa de exercícios de reabilitação cardíaca, fornecem resultados semelhantes aos medicamentos na redução da pressão arterial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,28 mil milhões de adultos em todo o mundo, com idades compreendidas entre 30 e 79 anos, têm pressão arterial elevada ou hipertensão.

Existem vários medicamentos para controlar a hipertensão. No entanto, cerca de 20% das pessoas com esta condição têm hipertensão resistente, o que significa que os medicamentos não conseguem baixar a sua pressão arterial para níveis considerados seguros.

A hipertensão resistente está relacionada com um risco aumentado de danos nos órgãos e 50%  maior risco de eventos cardiovasculares adversos, em comparação com pessoas que têm a hipertensão controlada.

Algumas evidências preliminares sugerem que dieta e atividade física podem diminuir a pressão arterial entre das pessoas com hipertensão resistente. No entanto, até o momento, faltavam estudos relevantes.

Numa investigação recente, especialistas da “Duke University School of Medicine”, em Durham, realizaram um ensaio clínico randomizado denominado “Tratamento da Hipertensão Resistente usando modificação do estilo de vida para promover a saúde” (TRIUMPH) para verificar a ligação entre mudanças no estilo de vida e a hipertensão resistente.

Concretamente, analisaram os resultados de uma dieta combinada de quatro meses e exercício físico, num ambiente de reabilitação cardíaca, em comparação com uma única sessão educacional em que era fornecida aos doentes a mesma prescrição de estilo de vida.

“Os resultados indicam que a introdução de modificações no estilo de vida em pacientes com hipertensão resistente […] podem conduzir à perda de peso com sucesso, aumento da sua atividade física e, como resultado, diminuição da pressão arterial e potencialmente redução do risco de sofrer um ataque cardíaco ou enfarte devido à pressão arterial elevada”, referiu James A. Blumenthal, autor sénior do estudo.

Os investigadores esperam que estes resultados incentivem os decisores políticos a considerar a reabilitação cardíaca como um novo tratamento para a hipertensão resistente.
Mais informação em: https://www.medicalnewstoday.com/articles/lifestyle-changes-improve-resistant-high-blood-pressure

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