“Ainda esta semana a CCDR-N aprovou a candidatura para o financiamento de uma obra muito importante para este hospital e para toda a região norte que é a viabilização do heliporto que vai servir mais do que a população do Porto, toda a região”, revelou António Costa, na inauguração da nova ala pediátrica daquele hospital.
O investimento na construção do heliporto faz parte do Plano de Atividades e Orçamento do Centro Hospitalar de S. João, que já foi aprovado pelos ministérios da Saúde e das Finanças.
O primeiro-ministro disse ainda que o heliporto permitirá “assegurar o acesso urgente de todos os doentes da região” ao Hospital de São João e garantir cuidados diferenciados.
“Bom trabalho com o heliporto”, desejou António Costa.
Em julho, os municípios do Porto, Maia e Valongo assumiram o compromisso de apoiarem o Hospital de S. João na construção de um heliporto, mas instaram o Governo a resolver com “urgência” esta questão.
Numa visita à unidade de saúde, que é a referência hospitalar no norte do país, os autarcas Rui Moreira (Porto), José Manuel Ribeiro (Valongo) e António Silva Tiago (Maia) assinaram um ofício a vincar a importância estratégica do equipamento e apontaram uma solução de financiamento para a sua construção.
“O Hospital de S. João tem uma especial preponderância nestes três municípios e temos de persuadir o Governo, dentro dos fundos estruturais europeus existentes para a região, a financiar a obra. As nossas câmaras, se for caso disso, estão disponíveis para repartir entre si a percentagem da componente nacional”, disse Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.
O presidente da Câmara do Porto vincou que, “em comparação com os hospitais centrais de Lisboa e Coimbra, o S. João é o único que tem esta carência [do heliporto]”, e considerou “ilógico” que, num caso de urgência, os doentes sejam transportados para o heliporto do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e depois reencaminhados de ambulância para o S. João.
Para resolver esta questão, a administração do Hospital S. João, com o apoio da ANAC – Autoridade Nacional da Aviação Civil, já desenvolveu um projeto para a construção do equipamento nas suas instalações, avaliado em 1,4 milhões de euros, que já foi alvo de um concurso público e tem um concorrente apto a concluir a empreitada em seis meses, logo que o financiamento seja atribuído.
“É um projeto emblemático não só para o hospital, como para a região. Esta é a unidade de referência para doentes críticos de todo o Norte, nomeadamente na vertente pediátrica e nos doentes queimados, mas temos problemas no acesso quando são doentes que precisam cuidados urgentes”, explicou à época Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João.
O responsável lembrou que na construção da unidade, há 62 anos, havia um heliporto, mas que há cerca de 20 anos o equipamento foi interrompido por questões técnicas, algo que tem beliscado a eficácia do socorro prestado.
“Torna-se mais difícil e demorado. Há doentes em que o tempo é um fator limitativo no ponto de vista de recuperação. Este heliporto dará uma maior segurança e maior capacidade de intervenção na rede hospitalar”, completou Fernando Araújo.
O presidente do Conselho de Administração do S. João, apontou, ainda, que o heliporto “permitirá rentabilizar todo o esforço feito na criação destes equipamentos em outras zonas do país, nomeadamente no interior, e também dinamizar a excelente frota que o INEM possui”.
LUSA/HN
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