Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a Universidade de Coimbra explicou que o estudo integra o projeto IDIAL-NET, “um projeto inovador e colaborativo” entre Portugal e Espanha, intitulado “Rede transfronteiriça de inovação no diagnóstico precoce da leucemia para um envelhecimento saudável”, no qual participa uma equipa de investigadores da FMUC e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
Liderado pela Fundação de Investigação do Cancro da Universidade de Salamanca, Espanha, o projeto aposta na prevenção e deteção precoce da leucemia linfocítica crónica (LLC), “a leucemia mais frequente no mundo ocidental, bem como das complicações da doença”, acrescentou a nota da UC.
Citada na nota de imprensa, Ana Bela Sarmento Ribeiro, docente da FMUC e coordenadora do projeto em Portugal, frisou que o estudo tem ainda como objetivo “melhorar o conhecimento sobre os mecanismos moleculares envolvidos no desenvolvimento e progressão da linfocitose B monoclonal, uma doença benigna que pode preceder o desenvolvimento da LLC”.
“A identificação precoce desta entidade poderá promover o desenvolvimento de programas de monitorização minimamente invasivos essenciais para um envelhecimento saudável”, observou a investigadora.
De acordo com o comunicado, os interessados em participar no programa de deteção precoce da leucemia “devem entrar em contacto com o seu médico de família”.
“O agendamento para colheita de sangue é efetuado pelo médico de família e a colheita do sangue é realizada na Faculdade de Medicina (Polo 3, junto ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, CHUC) por profissionais de saúde experientes”, adiantou.
“Caso o resultado da análise seja positivo (deteção da alteração no sangue), o médico de família, em articulação com médicos hematologistas do CHUC, fará o acompanhamento clínico”, esclareceu Ana Bela Sarmento Ribeiro.
O projeto, que visa promover o envelhecimento saudável e ganhos em saúde nas regiões Centro de Portugal e espanhola de Castela e Leão, envolve médicos e outros profissionais de saúde e investigadores “altamente especializados nas áreas da saúde pública, oncologia, hematologia, envelhecimento, genética e diagnóstico laboratorial e com vasta experiência em robótica e desenvolvimento de dispositivos médicos”, enfatizou a Universidade de Coimbra.
LUSA/HN
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