Açores consideram “inaceitável” exclusão de farmacêuticos da residência nacional

4 de Janeiro 2022

A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos reivindicou esta terça-feira a inclusão dos profissionais dos Açores na residência farmacêutica nacional, exclusão que o presidente do Governo Regional considerou “inaceitável” e que vai "lutar" para corrigir.

“No continente levou-se muito tempo” para avançar com a carreira profissional, contrariamente aos Açores, “acabando por sair diplomas que excluem, por omissão, os profissionais farmacêuticos das regiões autónomas e, neste caso concreto, da Região Autónoma dos Açores, da residência farmacêutica”, que funciona como internato, como no caso dos médicos, disse Ana Paula Correia.

A bastonária falava em Ponta Delgada, onde manteve hoje uma reunião com o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro.

Ana Paula Correia diz que esta questão não pode “ficar como está” e “tem que ser alterada”, tendo pedido ao presidente do Governo dos Açores – que, “de facto, tem tido uma grande atenção ao tema da saúde” e seus profissionais – que dê “garantias que lutará para que esta situação se corrija”.

O presidente do Governo açoriano defendeu que esta situação é “inaceitável” e disse que “tudo será feito, no quadro do novo Governo, para que seja resolvida”.

José Manuel Bolieiro frisou que, apesar desta matéria não ser da responsabilidade dos órgãos de governo próprio dos Açores, vai “lutar em parceria e de forma solidária com a Ordem dos Farmacêuticos para que a situação seja resolvida pela via mais célere possível, seja pela via interpretativa e integradora da omissão ou por uma necessária alteração da legislação nacional”.

O chefe do executivo dos Açores referiu que tem vindo a trabalhar com a Ordem dos Farmacêuticos e contado com o seu “empenho na identificação das motivações para se fazer melhor relativamente às carreiras profissionais da saúde, onde se incluem os farmacêuticos”, tendo-se, “em tão curto espaço de governação, resolvido uma pendência que era inaceitável e injusta de dignificação da sua carreira”.

Foi nesse contexto que foi instituída a carreira dos farmacêuticos no Serviço Regional de Saúde, de acordo com Bolieiro, que apontou ter sido melhorado também, com base na reivindicação da Ordem dos Farmacêuticos, a valorização da carreira por via do estatuto remuneratório.

LUSA/HN

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