“Pipeline de descoberta de inibidores da CDK4/6 para o tratamento do cancro da mama metastático” e “Resposta imune mediada pelo interferão em doentes com cancro da mama metastático tratados com inibidores de CDK4/6 mais terapia endócrina” foram os projetos selecionados por um painel independente de revisores portugueses.
A atribuição destas bolsas de investigação tinha como intuito o financiamento de projetos que contribuíssem para aprofundar o conhecimento clínico e que gerassem evidência no tratamento do cancro da mama metastático com os inibidores CDK 4/6.
Submetido pela FARM-ID – Associação da Faculdade de Farmácia para a Investigação e Desenvolvimento, e tendo como investigadora principal a Prof. Dra. Alexandra Brito, o projeto “Pipeline de descoberta de inibidores da CDK4/6 para o tratamento do cancro da mama metastático” tem como objetivo descobrir um novo fármaco para o tratamento de metástases de cancro da mama, atuando em múltiplos alvos, de modo a evitar o desenvolvimento de resistência ao tratamento, considerando ainda a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica para o tratamento das metástases cerebrais. Serão usadas ferramentas computacionais para a descoberta de moléculas candidatas e modelos pré-clínicos relevantes para avaliação da sua atividade e segurança. A equipa liderada pela professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa conta com um especialista em Ciências Computacionais, André Falcão, e duas estudantes de doutoramento em Farmácia da FFUL, Joana Godinho-Pereira e Ana Rita Garcia.
Liderado pela Prof. Dra. Sandra Casimiro e pelo Prof. Dr. Luís Costa, investigadora principal e co-investigador, o projeto do iMM – Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes tem como mote “Resposta imune mediada pelo interferão em doentes com cancro da mama metastático tratados com inibidores de CDK4/6 mais terapia endócrina”. A grande maioria das mortes por cancro da mama está associada à doença avançada (metastática). Para estes doentes, em que o cancro da mama se expandiu para outros órgãos, o uso de tratamentos que têm como alvo determinadas proteínas tumorais tem permitido aumentar significativamente a sobrevivência. Mas existem casos de doentes que não respondem ao tratamento ou acabam por desenvolver resistência. O projeto vai estudar a resposta imunitária e tumoral ao tratamento usado em primeira linha para tratar mulheres com cancro da mama metastático do tipo luminal, o mais comum, para identificar biomarcadores de prognóstico para benefício ou resistência a este tratamento – um contributo para um tratamento mais personalizado, evitando terapias ineficazes e toxicidade associada.
“Responsável pelo financiamento, a Pfizer não teve qualquer influência sobre a seleção dos projetos. A avaliação e seleção dos projetos foi realizada por um painel de peritos clínicos reconhecidos pelo seu conhecimento e vasta experiência na área do cancro da mama”, lê-se no comunicado de imprensa.
PR/HN/Rita Antunes
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