Em comunicado, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) salienta que, “apesar do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) servir uma população de 390 mil habitantes, Aveiro é das poucas capitais de distrito que não possui uma Sala de Hemodinâmica, situação que tem impactos negativos graves a vários níveis”.
Aquele órgão, que na sua última reunião resolveu tomar a posição política de exigir do Ministério da Saúde a abertura dessa valência no Hospital de Aveiro, garante que “o CHBV possui as condições humanas e logísticas necessárias para a abertura imediata de uma Sala de Hemodinâmica, com garantia da segurança, sendo economicamente vantajoso para o mesmo a sua criação, e de elevado valor para a defesa da vida dos cidadãos da Região de Aveiro”.
“Clinicamente, 90% dos cidadãos que sofrem um enfarte agudo do miocárdio não são tratados a tempo, superando o limite máximo aceitável de 120 minutos, o que acarreta morbilidade, mortalidade e despesas acrescidas”, indica o conselho intermunicipal da CIRA.
O conselho intermunicipal refere ainda que “a falta de resposta para a realização de exames programados em tempo útil pelo Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra tem resultado num atraso clínico com grave prejuízo para os doentes”.
“Economicamente, a realização de exames no Centro Hospitalar e Universitário do Porto e no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, resultou numa despesa estimada de 500 mil euros em 2021 para o CHBV”, salienta.
No comunicado, aponta também que, em média, são transportados três a quatro doentes por dia, de ambulância e com equipa médica e de enfermagem, para outros centros de hemodinâmica, sendo essa uma alternativa “dispendiosa e muito perturbadora da normalidade dos serviços, dado que os profissionais ficam ausentes em média quatro a cinco horas, para além do risco para o doente”.
De acordo com informação recolhida junto da administração do CHBV, nos últimos dois anos tem estado a ser trabalhado um projeto para a criação de uma Unidade de Hemodinâmica no Hospital de Aveiro, tendo o Serviço de Cardiologia 14 especialistas (com mais cinco internos), um dos quais com a especialização e experiência em hemodinâmica.
LUSA/HN
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