Jen Psaki falava pouco depois de Moscovo ter anunciado que estava a colocar em alerta a “força dissuasora” dos militares russos, que pode incluir uma componente nuclear.
“Este é um padrão repetido que temos visto do Presidente Putin durante este conflito, que consiste em fabricar ameaças que não existem para justificar uma agressão contínua”, disse Psaki.
“Em momento algum a Rússia foi ameaçada pela NATO ou pela Ucrânia (…) Resistiremos a isto. Temos a capacidade de nos defender”, acrescentou.
“Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe de Estado-Maior que ponham a força dissuasora do exército russo em alerta especial de combate”, disse Putin numa reunião televisiva com os seus chefes militares, citada pela agência AFP.
A ordem foi dada no quarto dia de combates na Ucrânia, que Putin mandou invadir na quinta-feira.
“Os países ocidentais não só estão a tomar medidas hostis contra o nosso país na esfera económica, como também altos funcionários dos principais membros da NATO fizeram declarações agressivas em relação ao nosso país”, disse Putin durante a reunião, segundo televisão russa.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
LUSA/HN
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