Em comunicado, a Câmara Municipal de Cascais explica que a medida resulta de um protocolo estabelecido entre a autarquia e a seguradora Portinsurance Care, tendo como objetivo “garantir um conjunto de serviços e benefícios na área da saúde, permitindo aceder de forma imediata a hospitais, clínicas e médicos de várias especialidades”.
Citado na nota, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), sublinha que a iniciativa visa, sobretudo, proporcionar aos cidadãos ucranianos “todas as condições para que se sintam em casa”.
O “Plano de Saúde + Ucrânia”, que vigorará durante seis meses e poderá ser utilizado por todos os refugiados ucranianos inscritos no concelho de Cascais, não implica qualquer investimento por parte da Câmara de Cascais, sendo inteiramente assegurado pela Portinsurance Care.
Entre outras características, o plano de saúde não terá limite de utilização e de idade, está isento de período de carência e contempla serviços como telemedicina (com médicos que falam ucraniano e russo) e consultas médicas ao domicílio.
Segundo dados divulgados pelo município, ao longo dos últimos 40 dias passaram pelo concelho de Cascais cerca de 1.500 cidadãos ucranianos, sendo que nas quatro respostas de acolhimento do município estão alojadas 40 famílias.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
LUSA/HN
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