“É um orçamento que procura responder à conjuntura, aos desafios estruturais do país e procura assegurar a continuidade de uma política de contas certas”, referiu Fernando Medina, em conferência de imprensa, no Ministério das Finanças, após a entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) na Assembleia da República.
O governante assinalou a “urgência e ambição” em dotar o país de instrumentos para fazer face “aos desafios exigentes” que a conjuntura coloca.
“Estamos num cenário em que a inflação a nível mundial e europeu é significativamente superior àquilo que foi registado em décadas passadas, Portugal ainda tem uma dívida pública mais elevada do que aquilo que desejaríamos para fazer face a todos os desafios”, realçou o ministro.
No entanto, ressalvou, há sinais positivos, como a poupança acumulada no período da pandemia, que “está a provocar um aumento da atividade económica”, e as indicações do Banco Central Europeu e do Banco de Portugal de que a inflação é, sobretudo, de natureza conjuntural, marcada pelo aumento dos preços dos produtos energéticos e alimentares, e que deverá baixar em 2023 e 2024.
O ministro das Finanças entregou hoje, no parlamento, às 13:10, a proposta de OE2022, a primeira do terceiro executivo liderado por António Costa e que é suportado por uma maioria absoluta do PS na Assembleia da República.
O Orçamento do Estado de 2022 vai ser votado na generalidade dia 28 e 29 de abril, num processo que culminará na votação final global em 27 de maio, decidiu hoje a conferência de líderes.
LUSA/HN
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