“Dez países vacinaram mais de 35% da população: Seicheles, com 81%, Ruanda, com 64%, Ilhas Maurícias (76%), Cabo Verde (55%) Botsuana (54%), Tunísia (53%), Moçambique (43%), São Tomé e Príncipe (40%) e Lesoto (36%)”, apontou John Nkengasong, durante a conferência de imprensa semanal para apresentação da evolução da pandemia de covid-19 em África, na qual disse que há 16,3% de africanos totalmente imunizados.
Na apresentação dos dados, o responsável disse que a taxa de contágios está a diminuir, mas defendeu que os governos devem continuar a apostar na testagem da população para conter a propagação da doença.
“Infelizmente, a testagem continua a diminuir, e eu peço aos Estados para continuarem a testar, porque estamos no meio de uma pandemia e a única maneira de controlar a doença é continuar a testar”, disse John Nkengasong, salientando que durante os últimos sete dias houve uma redução de 23% no número de testes, que desceram para 500 mil, dos quais resultou uma taxa de positividade de 11%, “ainda bastante elevada”.
No total, desde o início da pandemia de covid-19, já houve 11,3 milhões de infeções, que resultaram em 251 mil mortes no continente, disse John Nkengasong, acrescentando que a tendência da última semana, de 11 a 18 de abril, mostra um acréscimo de 16.500 novos casos, que representa uma diminuição de 21% face aos números da semana anterior.
“Os países com mais novos casos neste período foram a África do Sul, com mais 9 mil infeções, seguida do Egito, Tunísia, Seicheles e Zâmbia”, apontou o responsável.
Já relativamente ao número de mortes, o panorama é ainda mais positivo, havendo uma queda de 55% no número de óbitos, que desceram de 323 para 144 óbitos entre 11 e 18 de abril, em comparação com os sete dias anteriores.
A média das últimas quatro semanas mostra também um abrandamento dos contágios, que desceram 7%, o mesmo acontecendo com o número de óbitos, que caiu 8%.
A doença covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
NR/HN/LUSA
0 Comments