Em comunicado enviado à agência Lusa, a Flowr Corporation explicou que o acordo entre as duas empresas foi firmado pelo valor de 35 milhões de dólares, ou seja, cerca de 32,3 milhões de euros ao câmbio atual.
Segundo a Flowr, a transação “apresenta um ganho significativo” para todos os seus acionistas, acontecendo numa altura em que o mercado europeu “se aproxima de uma mudança regulamentar”.
O negócio prevê que a Akanda fique proprietária das instalações que a RPK Biopharma, subsidiária da Holigen em Portugal, tem na freguesia de São João de Negrilhos, no concelho alentejano de Aljustrel, com 72 hectares.
A Akanda, empresa internacional de plataformas médicas de canábis e bem-estar com investimentos no Lesoto e no Reino Unido, passa a ser igualmente proprietária das instalações da RPK Biopharma em Sintra, concebidas para produzir “pelo menos duas toneladas de canábis medicinal ‘premium’ de alta qualidade por ano”.
Também em comunicado enviado à Lusa, a Akanda frisou que o acordo com a Flowr lhe acrescentará “os bens valiosos de cultivo, fabrico e distribuição para acelerar” o seu modelo de negócio.
“A aquisição proposta irá acelerar significativamente o modelo de negócio de cultivo até ao paciente da Akanda na região EMEA [Europa, Médio Oriente e África], melhorando a capacidade da empresa para satisfazer a procura crescente de canábis medicinal e posicionando-a para os mercados de uso adulto à medida que a regulamentação evolui”, reforçou.
A Akanda acrescentou, na mesmo nota, que a aquisição da Holigen lhe permite “tanto a capacidade como o caminho para a entrega de canábis medicinal com certificação GMP para os mercados legais da União Europeia (UE), através de um modelo integrado verticalmente eficiente”.
A empresa sublinhou ainda que as agora suas instalações em Sintra e Aljustrel “irão proporcionar a flexibilidade de capacidade em Portugal para produzir duas toneladas de canábis ‘premium indoor’ [em interior], mais de 100 toneladas de canábis ‘outdoor’ [ao ar livre] e mais de oito toneladas de capacidade de produção anual de terceiros”.
“Juntamente com a Holigen, queremos tornar-nos no líder claro nos mercados atuais e emergentes na Europa, tanto para clientes de uso médico como eventualmente para adultos”, diz Tej Virk, CEO (‘chief operating officer’) da Akanda, citado no comunicado.
O mesmo responsável acrescentou que “Portugal é uma das principais jurisdições da UE a conduzir negócios de canábis com um governo virado para o futuro, para além de um regulador reativo”.
A par das instalações em Sintra e Aljustrel, a Akanda também “beneficiará da biblioteca genética” da Flowr, bem como de “certas novas cultivares exóticas que serão exportadas para Portugal a partir do Canadá”.
De acordo com a nota da empresa, Tom Flow, atual CEO interino da Flowr e responsável pela gestão da Holigen desde outubro de 2021, deverá continuar a gerir a operação através da Akanda.
LUSA/HN
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