Lee, antigo chefe da polícia, é o único candidato a ser nomeado chefe do Executivo de Hong Kong em 08 de maio por um comité de cerca de 1.500 pessoas leais ao regime comunista chinês.
O responsável vai herdar um território marcado pelas grandes manifestações pró-democracia de 2019 e a subsequente severa repressão, e que se isolou do resto do mundo desde o surto da pandemia de covid-19.
“A covid-19 não vai viver para sempre entre nós, vai chegar a uma altura em que estará sob controlo”, afirmou Lee aos jornalistas, questionado sobre quando o terceiro centro financeiro do mundo iria abolir as quarentenas e outras restrições para os viajantes.
A política “zero covid”, modelada na China continental, envolveu também o rastreio e isolamento draconiano de todas as pessoas infetadas e manteve Hong Kong em grande parte livre do vírus durante dois anos.
No entanto, a chegada da variante altamente contagiosa Ómicron, no início de 2022, causou o caos.
Desde então, o vírus matou cerca de 9.000 pessoas – contra apenas 200 nos primeiros dois anos da pandemia -, o sistema de saúde foi sobrecarregado e muitos expatriados partiram.
No seu programa de 44 páginas, Lee prometeu que “Hong Kong reconstruirá a sua força e fará um novo começo”, mas o programa difere pouco das políticas de Pequim, ditadas pela chefe do Executivo cessante, Carrie Lam, durante cinco anos.
Lee prometeu particularmente introduzir novas infrações de segurança nacional numa lei local, para além das já punidas por uma outra lei imposta por Pequim em 2020.
John Lee, de 64 anos, vai suceder formalmente a Lam em 01 de julho, também no 25.º aniversário da restituição de Hong Kong à China por parte do Reino Unido.
O antigo chefe de segurança da cidade está numa lista de 11 funcionários de Hong Kong e da China sancionados pelos Estados Unidos pelo seu papel na repressão do movimento pró-democracia.
NR/HN/LUSA
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