Esta campanha, desenvolvida pelas Farmácias Holon, conta com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e da Niquitin^®.

Sofia Ramos, responsável pelo projeto, alertou: “Apesar de existir uma tendência decrescente no número de fumadores, a verdade é que os últimos quase 2 anos de pandemia tiveram um impacto negativo no apoio profissionalizado prestado aos fumadores que querem deixar de fumar”, quando se estima que apenas cerca de 5% dos fumadores consigam deixar de fumar sem apoio profissional.

“Com esta campanha, procuramos reforçar o impacto positivo da cessação tabágica, não só na saúde do fumador, como na saúde de todos os que o rodeiam, e promover o acompanhamento prestado pelo farmacêutico comunitário junto das pessoas que querem deixar de fumar, garantindo o aumento das possibilidades de sucesso na manutenção da abstinência definitiva do tabaco”, acrescentou.

Com o Serviço de Cessação Tabágica Holon, pretendem “melhorar a rede de apoio personalizado e especializado à cessação tabágica”, rematou Sofia Ramos.

Fumar afeta todo o organismo humano, sendo causa ou fator de agravamento das doenças crónicas não transmissíveis mais prevalentes, em particular do cancro, das doenças respiratórias, das doenças cardiovasculares e da diabetes, para além de outros efeitos nocivos ao nível da saúde sexual e reprodutiva, da saúde ocular, da saúde oral e do envelhecimento da pele.

“A cessação tabágica pode contribuir para diminuir a frequência de outras doenças que não o cancro do pulmão. Desde logo e dentro da oncologia, o hábito tabágico aumenta a frequência de outras neoplasias, da laringe, do estômago, esófago, cavidade bucal e mesmo leucemias”, sublinhou José Alves, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.

Por exemplo, a “Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é provocada, em 90% dos casos, pelo hábito tabágico, é consequência das alterações arquitetónicas do pulmão e da destruição das paredes alveolares. Esta doença provoca muitos internamentos e mortes precoces”.

José Alves salientou ainda que o hábito tabágico “pode provocar intoxicação por CO, 20% da hemoglobina, proteína transportadora do oxigénio (O2) e da dióxido de carbono (C02), fica bloqueada nos fumadores de um maço por dia”. “Finalmente, fumar sobe o risco de pneumonias por aumento das secreções e perda de eficácia do sistema muco ciliar. Parar de fumar é o ato isolado que mais melhora a qualidade e esperança de vida.”

Além de sensibilizar e promover o conhecimento da população sobre os benefícios da cessação tabágica, as farmácias irão acompanhar pessoas motivadas para deixar de fumar, durante um ano. Este acompanhamento consiste em sete consultas, sendo a primeira destinada principalmente à recolha de informação e avaliação clínica do fumador, nomeadamente na avaliação do seu grau de dependência e de motivação para deixar de fumar.

Segundo José Alves, os farmacêuticos “podem ter um papel muito importante na cessação tabágica”, pela disponibilidade, proximidade e assertividade. “Na disponibilidade, por estarem mais perto do fumador e poderem ser contactado(a)s de forma rápida e fácil. Marcar uma consulta com o médico de família é bem mais complicado que usar uma ida rotineira à farmácia. Na proximidade, porque tudo fica facilmente disponível, o conselho clínico, a definição do método e o uso de substitutos de nicotina. Assertividade porque, sendo sabedores da dificuldade da cessação e conhecedores das diferentes formas de ajudar, conhecendo, também, os seus utentes, sabem qual o melhor método, o mais eficaz em cada caso.”

As pessoas interessadas em deixar de fumar devem inscrever-se para esta consulta através do link disponibilizado no site https://www.farmaciasholon.pt/.

Todas as ações realizadas no âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco e Dia Europeu do Ex. Fumador serão partilhadas através de diferentes meios e plataformas, como mupis, Revista H, Holon TV e redes sociais das Farmácias Holon (site, Facebook e Instagram).

PR/HN/Rita Antunes