“Perante o caos que se vive no SNS, perante o encerramento sistemático dos Serviços de Urgência de Norte a Sul do país, perante a falta de investimento, tanto em matéria de recursos humanos como em matéria de recursos físicos, entendemos que chegou o momento de mudar”, lê-se no comunicado assinado pelas médicas Carla Araújo e Isabel Guimarães.
Pelas 15h da próxima quinta-feira, perante “a indiferença do poder político, perante a inércia do Ministério da Saúde”, os profissionais de saúde querem mostrar-se “unidos” e “ser a voz dos que sofrem” e “dos mais frágeis”.
“Queremos ser a voz dos que sofrem, dos que esperam por consultas médicas, dos que esperam por cirurgias. Queremos ser a voz dos doentes com cancro que são deixados para trás. Queremos ser a voz de todos aqueles que não têm médico de família. Queremos ser a voz dos nossos colegas médicos, atualmente empurrados para o desprestígio de serem ‘os tarefeiros’ da saúde”, acrescenta o comunicado.
“Não é possível continuar a tolerar trabalhar sem condições de segurança. Não abdicamos de prestar cuidados de saúde de qualidade. Os diagnósticos estão feitos, os problemas estão identificados. É o momento de mostrar coragem, de trazer novos modelos de gestão, de eliminar as burocracias e os obstáculos que roubam tempo à tão preciosa relação médico-doente”, defende o movimento.
Na concentração, a “camisola esburacada, para representar o estado atual da saúde”, será um símbolo de protesto.
PR/HN/RA
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