A decisão faz parte de um conjunto de medidas aprovadas no sábado por unanimidade numa reunião do Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), realizada em Ponte de Sor.
“É preciso alertar o Governo para a forma como o setor dos bombeiros está e por isso concluiu-se pedir audiências ao primeiro-ministro [António Costa] e ao Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa],” disse à Lusa o presidente da LBP, António Nunes.
Segundo indicou, as associações de bombeiros voluntários “estão com situações financeiras complexas”, pelo que “é preciso olhar para os bombeiros de forma diferente, é preciso ter apoios para o transporte de doentes não urgentes e uma relação mais equitativa com os demais agentes da proteção civil”.
António Nunes disse que, caso não haja diálogo nos próximos dias com o Ministério da Saúde sobre o transporte de doentes não urgentes, uma das medidas previstas é não efetuar esse transporte em ambulâncias de doentes com alta hospitalar nos dias 19, 20, 27 e 28 deste mês.
“Não queremos chegar a isso, mas se o Ministério da Saúde não acordar connosco até dia 17 ou 18, então não faremos as altas hospitalares em ambulância nesses dias e aí vão ver como os bombeiros fazem falta”, sublinhou o presidente da LBP.
António Nunes disse ainda que, “se nada for feito, se não houver diálogo”, será convocado um Congresso Extraordinário da LBP para 16 de setembro, no distrito de Setúbal, “onde os bombeiros vão decidir o que fazer”.
Entre as medidas aprovadas na reunião, a Liga anunciou que vai “deixar de convidar as estruturas da ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil] para cerimónias de bombeiros” e que vai “cumprir escrupulosamente o atual acordo com o INEM”.
Outra das medidas aprovadas no sábado pelo Conselho Nacional da LBP é a publicação da lista de viaturas de bombeiros com mais de 25 anos.
LUSA/HN
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