Os funcionários vão-se manifestar, numa ação agendada para o próximo dia 20 de julho, às 12h00, junto ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), no sentido de mostrarem preocupação e desagrado face à situação vivida pelo consórcio, que pode “em breve” comprometer o futuro do Algarve Biomedical Center, advertem.
Em risco estão mais de 120 postos de trabalho qualificados e mais de 80 milhões de euros em projetos celebrados, “com claro impacto para o ecossistema científico e de apoio à saúde pública no Algarve e no país”.
Os funcionários dizem que a continuidade do projeto se encontra “condicionada pela quebra de confiança na atual direção do ABC, originada por duas ações judiciais interpostas pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) ao Presidente do Algarve Biomedical Center, Dr. Nuno Marques, limitando e dificultando as relações institucionais e a continuidade deste projeto, com impacto para a região e para o país”.
Para os trabalhadores, “este impasse compromete todo um ecossistema de apoio à saúde da população, de reconhecimento nacional e internacional, e que foi fundamental em fases críticas como a da pandemia COVID-19, bem como centenas de projetos de inovação, num investimento conseguido que supera os 80 milhões de euros”.
“Em risco estarão, a título de exemplo: as ações de rastreio e testagem no âmbito da COVID-19 na região do Algarve e a nível nacional; o funcionamento da linha SNS24 (uma vez que os funcionários do consórcio garantem mais de 1000 horas diárias de atendimento em linha), bem como projetos celebrados com a Agência Europeia do Medicamento (EMA), com o Programa Operacional Regional do Algarve (CRESC Algarve), entre outros acordos estruturais celebrados com a CCDR e outros parceiros. Também em risco estão o desenvolvimento do Observatório Nacional do Envelhecimento e o Algarve Active Ageing, entre muitos outros projetos estratégicos nacionais”, lê-se no comunicado de imprensa.
Os trabalhadores do ABC destacam ainda as “consequências no processo de formação e qualificação de profissionais de saúde que, diante do impasse, poderia ter um retrocesso de dezenas de anos”.
Declarando que desejam ser parte “da solução e não do problema”, os trabalhadores apelam “à concertação entre os membros do consórcio” e apontam o dedo à “falta de diálogo”, exigindo uma resolução para o impasse que dizem fragilizar o futuro dos cuidados de saúde prestados no Algarve.
“Desse modo, e reconhecendo todo o valor e empenho do trabalho desenvolvido pela atual direção, e em sintonia com a sua visão estratégica, os funcionários manifestam o seu voto de confiança na mesma, apelando à sua continuidade”, segundo o comunicado.
PR/HN/RA
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