O projeto promove a partilha de informação sobre as respostas existentes em Portugal e pretende contribuir para o empoderamento e capacitação tanto da comunidade ucraniana como das entidades que lhe prestam apoio em Portugal, nos países de trânsito (Polónia, Hungria, Moldávia, Roménia e Eslováquia) e no país de origem (Ucrânia).
O objetivo é que as pessoas ucranianas que pretendem vir para Portugal sejam informadas sobre os seus direitos no acesso aos cuidados de saúde, desde o país de origem, nos de trânsito e nas organizações de acolhimento em território nacional, facilitando o processo de acolhimento e integração.
Ricardo Fernandes, diretor-executivo do GAT, conta que “este projeto piloto pretende trabalhar na produção, tradução e disponibilização de um guia informativo para a comunidade ucraniana sobre prevenção, acesso e funcionamento dos cuidados de saúde em Portugal na área das infeções pelo VIH, hepatites virais, tuberculose e outras IST”. “Ambiciona também prestar apoio direto, em ucraniano e inglês, bem como acompanhamento individualizado nas idas às consultas hospitalares, realização de exames e acesso à medicação.”
Na primeira fase de implementação do projeto, foi elaborado um mapeamento das várias entidades que prestam apoio a refugiados ucranianos, em Portugal e ao longo do seu trajeto migratório. Posteriormente, está prevista a realização de sessões de informação e de capacitação virtuais. Estas sessões vão abordar áreas como literacia em saúde, direitos de proteção à saúde, instrumentos jurídico-legais e resposta às necessidades sociais, combate ao estigma e à discriminação, e tratamentos existentes, incluindo informação sobre substituição opiácea.
Atualmente, o GAT já prestou apoio direto e individual na ligação ao SNS e acesso a tratamento a mais de 15 pessoas ucranianas recém-chegadas a Portugal.
O GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, organização não-governamental sem fins lucrativos na área da saúde pública, promove serviços adaptados às necessidades das pessoas migrantes que vivem ou que estão em risco acrescido para a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), hepatites virais, tuberculose e outras infeções sexualmente transmissíveis (IST) em Portugal.
O GAT tem por objetivo promover a integração de todas as pessoas nos respetivos serviços de saúde e sociais, incluindo as pessoas migrantes em situação administrativa irregular, na tentativa de minimizar as barreiras burocráticas e garantir o acesso, adesão e retenção nos cuidados de saúde, promovendo paralelamente a prevenção e literacia em saúde.
PR/HN/RA
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