“O ano 2021 não deve servir para comparações, porque é um ano pandémico”, disse Pedro Ramos, secretário da Saúde e Proteção Civil, referindo que, apesar das medidas de contingência, “o Sesaram não parou e teve tempo para se reorganizar”.
O governante falava em conferência de imprensa, no Funchal, na qual apresentou o relatório do Balanço da Atividade do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira 2021.
Os dados apontam que nesse ano foram realizados 8,9 milhões de atos clínicos e sinalizados 20 mil internamentos, números superiores a 2020 (seis milhões de atos e 18 mil internamentos) e também a 2019 (sete milhões de atos e 19 mil internamentos).
“Isto significa que em ano de pandemia [de Covid-19] o Sesaram realizou 24.554 atos clínicos por dia, 1.023 atos por hora, 17 atos por minuto”, disse Pedro Ramos.
O secretário Regional do Governo de coligação PSD/CDS-PP salientou, contudo, que não se podem “ver as coisas desta forma nua e crua”, mas pode-se afirmar “que os profissionais não param”.
“Tratámos todos, mas não ao mesmo tempo, por prioridades, por gravidade, mantendo a segurança e a qualidade da prestação”, sublinhou.
O secretário da Saúde e Proteção Civil adiantou ainda que 2021 foi também o ano em que teve início o Programa Estratégico de Recuperação de Atos Clínicos (PERAC), orçado em seis milhões de euros.
Por outro lado, o orçamento regional afetou 123 milhões de euros para medidas de combate à Covid-19 em 2020 e 2021, incluindo a contratação de cerca de 700 profissionais de saúde, o que elevou o total no Sesaram para 6.000.
“Em 2021 atingimos metas que estavam delineadas, como 92% de vacinação iniciada [contra a Covid-19]; 91% vacinação completa, 35% de vacinação em crianças, 52% de vacinação de reforço, e aumentámos as cirurgias, aumentámos as consultas e aumentámos a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica”, disse Pedro Ramos.
“Estes resultados devem-se aos nossos profissionais e à adesão de população”, reforçou.
O relatório do Balanço da Atividade do Serviço de Saúde da Madeira em 2021 aponta também para o bom funcionamento do serviço de urgência nos hospitais, sendo que o tempo médio de espera após a triagem foi na ordem dos 30 minutos.
LUSA/HN
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