Farmacêuticos esperam que novo ministro adote postura de diálogo

30 de Agosto 2022

A Ordem dos Farmacêuticos espera que o novo ministro da Saúde adote uma postura de diálogo com os profissionais de saúde, doentes e representantes e defendeu uma estratégia clara para resolver problemas estruturais do Serviço Nacional de Saúde.

Em comunicado, em reação à demissão hoje da ministra da Saúde, Marta Temido, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) disse esperar que a nomeação de um novo ministro constitua uma oportunidade para recuperar a confiança dos portugueses no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Os farmacêuticos entendem que a Saúde precisa de uma estratégia clara, que permita a resolução dos problemas estruturais do SNS. Estes problemas não estão circunscritos aos casos mediáticos, afetando muitas outras áreas e profissionais, entre os quais os Serviços Farmacêuticos Hospitalares, como a OF tem vindo a referir”, é referido na nota.

Na opinião da OF, o SNS “deve ser sustentável através de uma gestão adequada dos seus recursos humanos e financeiros e potenciar a integração e aproveitamento de toda a capacidade instalada no país”.

A Ordem diz ainda continuar disponível para colaborar com o novo ministro da Saúde, “de forma a construir um sistema de saúde mais eficiente e universal”.

A ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou hoje a demissão por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo, demissão que foi aceite pelo primeiro-ministro, António Costa.

Poucos minutos depois, um comunicado do gabinete do primeiro-ministro informou que António Costa “recebeu o pedido de demissão da ministra da Saúde” e que o aceita.

António Costa agradeceu “todo o trabalho desenvolvido” por Marta Temido, “muito em especial no período excecional do combate à pandemia da covid-19”.

Marta Temido iniciou funções como ministra da Saúde em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes.

Durante os seus mandatos, Marta Temido esteve no centro da gestão da pandemia, que começou em 2020, mas também atravessou várias polémicas. Recentemente, o encerramento dos serviços de urgência de obstetrícia em vários hospitais por falta de médicos para preencher as escalas pressionou a tutela.

LUSA/HN

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