Apesar da inatividade associativa devido à pandemia, os dois anos de “paragem”, foram “anos particularmente intensos, em que nunca tinha sido pedido tanto e durante tanto tempo a este setor”, refere Nuno Saraiva, presidente da ANL.
Nuno Saraiva recorda o papel essencial que o setor privado assumiu durante o período mais critico da pandemia na testagem à COVID-19 quando, perante a “máxima inicial de «testar, testar, testar», Portugal foi um exemplo a nível internacional e o setor que aqui representamos teve um papel primordial nessa capacidade de resposta”. Por esse motivo, o presidente da associação considera que “todos nós deste setor devemos regozijar-nos e orgulhar-nos deste papel tão relevante que desempenhámos com eficiência e qualidade, aliados a um profissionalismo e um recato que deve louvar-se também”.
Quanto às expetativas para o VIII Congresso, para Nuno Saraiva, este deve ser um momento no qual “devemos aproveitar para estar juntos e alegrarmo-nos por sermos um ator importante na Sociedade. Sempre o fomos. Mas se dúvidas existissem, a questão da pandemia exacerbou o que é óbvio e que muitas vezes não se vê. Orgulho-me muito das empresas associadas, sobretudo de todo o pessoal que lá trabalha. Todos tiveram uma postura e uma resposta exemplares nestes dois anos de pandemia e acho que esse é um motivo de orgulho e de celebração”.
Para o representante da ANL, é fundamental uma desmistificação sobre os papéis do setor público e privado e da discussão sobre a primazia de um face ao outro, pois “ambos são essenciais para o bom funcionamento do setor e ambos devem complementar-se – a pandemia foi, precisamente, um exemplo dessa complementaridade. A pandemia ajudou a clarificar a importância do setor privado”.
Apesar da inevitabilidade da abordagem, no programa do Congresso, ao tema da COVID-19, “há outros temas, mesmo do funcionamento e da vida dos laboratórios, que têm que ser discutidos. Queremos, nessa medida, dar algum aporte aos nossos associados, designadamente no que respeita à questão da proteção de dados, à publicidade na saúde, ao binómio privado e público, que está sempre presente e que não podemos ser imunes às decisões ou às planificações, porque muitas vezes representamos investimento, até na criação de postos de trabalho e de investimento em equipamento”, conclui Nuno Saraiva.
Consulte AQUI o programa do VIII Congresso da ANL.
NR/HN
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