Fonte da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) adiantou hoje à agência Lusa que, até ao final do mês, está prevista a chegada a Portugal de cerca de um milhão das mais recentes vacinas aprovadas na União Europeia e que receberam “luz verde” do regulador europeu (EMA) na última segunda-feira.
“Nesta primeira entrega estão previstas chegar ao nosso país 504.000 doses a 19 de setembro e 498.240 doses a 26 de setembro da referida vacina”, adiantou o regulador nacional, avançando que “seguir-se-ão mais entregas nos meses seguintes”.
De acordo com os últimos dados do Instituto Ricardo Jorge (INSA), a linhagem BA.5 é dominante em Portugal desde maio, sendo responsável por 95,1% dos contágios, enquanto a BA.4 regista uma prevalência de 4,5% que se mantém estável nas últimas semanas.
Esta nova vacina, desenvolvida pela farmacêutica Pfizer e pelo laboratório BioNTech, é a primeira adaptada às linhagens BA.4 e BA.5 e está recomendada para ser administrada como reforço da imunização contra o coronavírus que provoca a covid-19 em pessoas a partir dos 12 anos.
No início do mês, a EMA tinha recomendado a autorização de outras duas vacinas adaptadas à linhagem BA.1 da variante Ómicron, que já estão a ser utilizadas na campanha de vacinação de reforço para o outono e inverno que arrancou em 07 de setembro em Portugal.
“Juntamente com a vacina adaptada Original/Ómicron BA.1 recentemente autorizada, espera-se que esta nova vacina adaptada ajude a manter a proteção ideal contra a covid-19 à medida que o vírus evolui”, adiantou a EMA em comunicado.
A estratégia da União Europeia passa por disponibilizar uma “ampla gama de vacinas adaptadas que visam diferentes variantes do SARS-CoV-2, para que os Estados-membros tenham várias opções para atender às suas necessidades ao projetar as suas campanhas de vacinação”, salientou ainda o regulador europeu, alertando não ser possível prever como o vírus evoluirá e quais variantes que circularão no próximo inverno.
Embora as vacinas adaptadas estejam autorizadas para pessoas com 12 ou mais anos que receberam pelo menos a vacinação primária, a EMA e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) recomendam que a prioridade do reforço seja dada às pessoas com maior risco de contrair formas graves de covid-19.
NR/HN/LUSA
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