“O que faz do consórcio um centro de referência é, de facto, a inovação do próprio consórcio, que é uma rede que junta parceiros institucionais de diferentes áreas do conhecimento e de ação para promover estilos de vida saudáveis e envelhecimento ativo e saudável dos cidadãos”, salientou à agência Lusa o coordenador do projeto, João Malva.
O responsável explicou que o consórcio apresentou três boas práticas muito diferenciadoras: “Uma tem a ver com o ecossistema de investigação sobre o envelhecimento que se criou à volta de Coimbra, e isto tem a ver com o histórico dos últimos anos, de criação de projetos muito diferenciadores, como do instituto multidisciplinar do envelhecimento”.
“Outra tem a ver com o prémio de boas práticas, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que tem sido agregador de boas práticas que promovem a vida saudável e o envelhecimento ativo na região centro de Portugal”, acrescentou.
Anualmente, segundo João Malva, mais de 100 instituições, embora este ano sejam 140, “apresentam as suas boas práticas para que possam partilhar, com outras instituições e os cidadãos, e inspirar a mudança dos hábitos de vida para estilos de vida mais saudáveis”.
Uma terceira prática diferenciadora respeita ao projeto Passa a vida + e Vida + Móvel, “que foi uma feira de ciência e cidadania voltada para estilos de vida saudáveis e que junta ciência, inovação e tecnologias para resolver os problemas dos cidadãos mais idosos, mas que cria oportunidades para jovens inovadores e empresários”.
“Desde logo o consórcio fez uma coisa que não existia, que era ligar os parceiros sem rede e, portanto, criando uma rede oferece visibilidade da região para outras áreas da Europa e a oportunidade de concorrer a grandes projetos europeus”, sublinhou João Malva.
O coordenador do consórcio Ageing@Coimbra frisou que essa visibilidade permitiu, por exemplo, “que vários parceiros, desde logo a Universidade de Coimbra, concorressem a projetos muito diferenciadores, como o do Instituto Multidisciplinar de Envelhecimento, que atraiu 15 milhões de euros da Comissão Europeia para criar uma unidade de investigação”.
“Este movimento dá visibilidade à região e cria atividades para atrair financiamento, mas também cria boas práticas que chegam aos cidadãos, nomeadamente na saúde, que os ajudam a adaptar outros estilos de vida mais saudáveis, para que um dia possam envelhecer mais saudáveis e não estejam tão agarrados à dependência de cuidadores, que é de facto um grande problema do envelhecimento”, referiu.
Neste momento, mais de 95% dos municípios da região Centro já apresentou, direta ou indiretamente, candidatura aos prémios de boas práticas do envelhecimento ativo e saudável, pelo que “se pode dizer que o Ageing Coimbra já tem uma abrangência global no território da região Centro de Portugal”.
Criado em 2013, o consórcio recebeu logo nesse ano o estatuto de Centro de Referência, com a pontuação de duas estrelas, e renovou-o em 2016 e 2019, com três e quatro estrelas, respetivamente.
O Ageing@Coimbra é uma rede colaborativa que agrega a Universidade de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes, a Câmara Municipal de Coimbra, a Administração Regional de Saúde do Centro, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a Cáritas Diocesana de Coimbra, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
LUSA/HN
0 Comments