“A modernização e a digitalização do hospital são os grandes eixos para os próximos tempos”, disse António Tavares, à agência Lusa.
Na totalidade, o projeto, que tem um horizonte temporal de “três a quatro anos”, está orçado em cerca de cinco milhões de euros e será candidatado a fundos europeus.
O programa de investimentos inclui um projeto ligado às energias renováveis “de forma a tornar o hospital mais sustentável”, a digitalização de processos “para reduzir o uso de papel”, bem como a instalação da área de ambulatório no piso de entrada da unidade.
“Quando este hospital foi feito [há 34 anos] o conceito cirúrgico [com dias de internamento] era o conceito tradicional. Há cerca de 10 anos houve uma inversão desse modelo para o ambulatório [que se traduz em cirurgia no hospital e recuperação em casa]. Queremos fazer obras no piso de entrada do hospital para que o doente, ao entrar, entre logo na zona de ambulatório”, descreveu António Tavares.
Por ano, pelo Hospital da Prelada passam cerca de 3.500 a 4.000 doentes.
Este é um dos investimentos em curso no Hospital da Prelada, onde existe uma Unidade de Ensaios Clínicos de fase 1 e 2 que será expandida, num projeto para levar a cabo em 2023.
Com um orçamento anual a rondar os 30 milhões de euros – 80% dos quais do Serviço Nacional de Saúde – o Hospital da Prelada está inserido num complexo da SCMP que tem uma área de cerca de 20 hectares.
A chamada Quinta da Prelada, concebida pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni e conhecida pelos elementos barrocos que a compõe, nomeadamente um castelo, é dividida pela Via de Cintura Interna (VCI), existindo uma passagem subterrânea que liga os dois lados que será “reaberta”.
Além do hospital, nesse complexo mora já a Casa da Prelada, um equipamento cultural que alberga arquivos históricos, bem como o Centro Hípico do Porto, espaço dirigido pelo centenário Sport Clube do Porto.
Na sexta-feira é assinado um contrato com a Associação de Futebol do Porto (AFP) que instalará, num dos lados do espaço, um centro de estágios.
António Tavares avançou que o complexo ficará completo após a instalação de um parque para autocaravanas na parte superior da quinta e que a área verde que envolve estas infraestruturas será aberta à comunidade.
LUSA/HN
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