O secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, referiu que, para além do hospital dia, o protocolo com a Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento prevê a possibilidade de um fórum sócio-ocupacional, a par da criação de um quarto de isolamento no serviço de urgência e outro de internamento na Unidade de Saúde de Ilha do Faial.
Clélio Meneses, que falava em Ponta Delgada, na assinatura do protocolo, disse ser uma aposta “essencial, por existir uma lacuna significativa que foi detetada pela estrutura de missão”.
O Hospital do Santo Espírito da ilha Terceira vai beneficiar da construção de um pátio, a par da criação da estrutura “Liberdade para prova” na ilha de São Miguel.
Vai ser também desenvolvida uma ação formativa sobre o consumo de droga nas escolas, também na ilha de São Miguel, bem como a formação de técnicos de saúde escolar, em geral, nos Açores, segundo apontou Clélio Meneses.
O titular da pasta da Saúde referiu que o documento prevê ainda a “promoção de parcerias com outras entidades públicas e privadas, que no âmbito da saúde mental possam robustecer o protocolo e promovam condições para que este seja rápido e eficaz nos termos determinados cientificamente pela estrutura de missão”.
O secretário regional da Saúde considerou que se está a “dar passos importantes para reforçar a resposta ao nível da saúde mental” nos Açores, tendo o Governo Regional “elegido como prioridade, ao nível da saúde, a aposta na saúde mental”.
Clélio Meneses referiu que a opção resulta da “constatação da necessidade de uma intervenção de fundo nesta área que tem impacto tremendo na vida das pessoas e das famílias, das empresas e sociedade em geral”.
O governante destacou que “grande parte da carga da doença nos portugueses, e nos açorianos em particular, decorre da saúde mental”, com os impactos que também gera em termos laborais.
“É por isso importante ter uma intervenção a fundo que perceba quais são as causas para este problema pela dimensão que tem, visando que este diminua progressivamente”, afirmou o governante.
A presidente do conselho de administração da FLAD – Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, Rita Faden, considerou que a assinatura “representa o compromisso com os Açores, que tem sido constante ao longo dos anos, e que é para continuar”.
A assinatura “representa também o compromisso da FLAD com a saúde mental, que se tem procurado trabalhar de uma forma transversal, dando um apoio significativo também em termos financeiros ao Programa Regional de Saúde Mental dos Açores”.
Rita Faden apontou que o protocolo visa “facilitar os acessos aos cuidados de saúde mental e dar melhor qualidade de vida aos doentes, atuando-se também ao nível da prevenção e sensibilização”.
LUSA/HN
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