Desde o início da pandemia, o Governo central chinês suspendeu as viagens em grupo e a emissão de vistos para turistas individuais com destino a Macau, para prevenir surtos de covid-19.
A NIA sublinhou, em comunicado, que a retoma pretende “conciliar de forma eficiente a prevenção e controlo da pandemia com o desenvolvimento económico e social”.
A emissão de vistos eletrónicos para visitas a Macau vai estar disponível para todos os chineses, com exceção dos que vivem em áreas consideradas de médio ou elevado risco de contágio pela covid-19, acrescentou.
O presidente da Associação de Indústria Turística de Macau disse à Lusa esperar que, a médio prazo, a retoma leve a um aumento substancial do número de visitantes.
Andy Wu Keng Kuong disse acreditar que os turistas chineses continuam a ver o território como um destino seguro, apesar da cidade ter detetado oito casos de covid-19 desde quarta-feira.
No domingo, as autoridades de Macau anunciaram ter encerrado casino, hotéis, lojas e restaurantes do complexo MGM Cotai, depois de terem detetado um caso de covid-19 numa mulher ‘croupier’ de 43 anos.
Toda a população de Macau está obrigada a realizar três testes rápidos, que podem ser efetuados em casa, em três dias consecutivos, entre domingo e terça-feira.
O chefe do Governo da região administrativa especial chinesa, Ho Iat Seng, tinha previsto em 24 de setembro a retoma da emissão de vistos eletrónicos, juntamente com o recomeço das excursões organizadas, até final de novembro.
No domingo, a diretora do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direção de Serviços de Turismo, Lau Fong Chi, tinha garantido à imprensa local que o recomeço das excursões organizadas não ia ser afetado pelos recentes casos de covid-19.
As restrições impostas aos visitantes da China continental, durante a pandemia, causaram uma queda de mais de 80% no número de turistas em Macau nos dois últimos anos, em comparação com 2019, ano em que a cidade recebeu 40 milhões de visitantes.
Quem entra no território oriundo da China continental não é obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num quarto de hotel, seguido de três dias de “autovigilância médica”, impostos a quem chega do estrangeiro, de Taiwan e de Hong Kong.
Macau, que segue a política de zero casos de covid-19 imposta por Pequim, enfrentou em junho e em julho o pior surto desde o início da pandemia, com as autoridades a decretarem um confinamento parcial.
Desde o início da pandemia, a região administrativa especial chinesa registou seis mortes e mais de 2.500 casos, incluindo assintomáticos, de covid-19.
LUSA/HN
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