No âmbito do projeto, coube ao Laboratório de Antropologia Forense da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolver “um guia prático para simplificar a recolha de dados 3D de espécimes ósseos” para ensino e investigação.
“Este guia prático vai permitir uma curva de aprendizagem mais rápida para o manuseamento de equipamentos disponíveis no nosso laboratório, assim como facilitar a implementação destas técnicas por investigadores e alunos que estejam a realizar trabalhos com ossos humanos”, explicou a investigadora Maria Teresa Ferreira, citada na nota enviada à agência Lusa.
O projeto “Bakeng se Afrika” teve como principal objetivo “desenvolver um repositório digital de remanescentes ósseos humanos”.
“Impulsionado pela necessidade crescente de ferramentas ‘online’ nas áreas das ciências da saúde e da vida, o projeto teve como objetivo estabelecer um repositório digital de coleções osteológicas sul-africanas identificadas”, adiantou Maria Teresa Ferreira.
Por outro lado, a docente da FCTUC afirmou que era necessário adotar “procedimentos padronizados para aquisição de imagens, armazenamento e análise”, bem como “refletir e debater sobre as aplicações éticas de dados digitais de remanescentes ósseos humanos”.
No projeto científico, financiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia e que terminou após três anos de trabalho, desde 2019, participaram seis instituições de ensino superior (Universidade de Coimbra, Universidade de Pretória, Universidade de Ciências da Saúde Sefako Makgatho, Universidade Stellenbosch, Universidade de Bordéus e Katholieke Universiteit Leuven) e a South African Nuclear Energy Corporation (NECSA).
LUSA/HN
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